É com muito pesar que esse jornal vem anunciar a quinta morte por Covid em São Félix do Coribe, uma das mais novas cidades da Bahia, conhecida como a princesinha do Oeste. Mortes essas que poderiam ser evitadas, e agora centenas de pessoas sofrem pela perda de um ente querido.
Foi demonstrado que ninguém morre por pegar Coronavírus, e sim por falta de aparelhos e remédios adequados. Como o Estado resolveu salvar os grandes empresários, nem o mínimo foi feito, nenhuma distribuição de luvas, álcool gel, máscaras, nada, simplesmente nada. Somente palavras bonitas nas Lives. Todas essas mortes precisam entrar na conta do prefeito e de toda a direita local que defende Bolsonaro.
Acompanhando o desenvolvimento do coronavírus em S. Félix no mês de setembro, vemos um aumento nos número de infectados. No dia primeiro tínhamos 95 pessoas confirmadas, no dia 20 chegamos ao absurdo de 167, um aumento de mais de 50%, e foi agora em Setembro que tivemos quase 50% de aumento no número de óbitos de 3 fomos para 5.
Segundo os especialistas é preciso multiplicar por dez o número de contaminados oficiais para ser ter uma aproximação da realidade, ou seja, existem mais de 1500 pessoas com Covid em S. Félix. Isso porque não há testagem em massa por parte dos governos.
No momento que se tem o maior número de contaminados e de óbitos, a quarentena foi suspensa e todos os comércios em pleno funcionamento leva o povo para uma situação de risco ficando exposta ao vírus. E em pleno vapor querem o retorno das aulas, que resultará em um aumento vertiginoso de pessoas com Covid. Vale ressaltar que não há mais barreiras sanitárias e que os transportes funcionam entre os municípios.
Durante essa pandemia foi evidenciado que o prefeito Chepa Ribeiro (PP) não moverá uma palha para que o são-felences sejam testados e assim saber quem está de fato com Covid, para ser tomadas todas as medidas necessárias para evitar mais um óbito.
Sendo assim é necessário uma ampla campanha em defesa de um plano emergencial para salvar o povo pobre e trabalhador.
Testes gratuitos para toda a população; aumentar o número de instalações e equipamentos; contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise; aumento do número de leitos nos hospitais públicos, distribuição gratuita da máscaras, luvas e álcool e remédios. Volta às aulas somente com o fim da pandemia e com vacinação massiva de toda a comunidade escolar; garantia de alimentação para as crianças e jovens sem merenda escolar, com a distribuição de cestas básicas para todos os alunos da rede pública.
Ampliar a assistência à população, pagamento do auxílio emergencial no valor de um salário mínimo, enquanto durar a pandemia; extensão do pagamento a todos os inscritos sem emprego e sem renda; proibição de cortes de luz e água e dos despejos, enquanto durar a pandemia. E pelo fortalecimento dos Conselhos Populares de Saúde.