Os banqueiros nacionais e internacionais foram grandes financiadores do processo golpista que derrubou, através do impeachment comprado e fraudado, a presidenta Dilma Rousseff eleita democraticamente com mais de 54,5 milhões de votos. Agora, esses mesmos golpistas financiam a campanha de um representante da extrema direita e irão alça-lo, em um processo eleitoral fraudado nunca visto na história deste País, à presidente da República, com isso “legitimar” o golpe “democraticamente” – via eleições.
Com o golpe aumentou sobremaneira os ataques às organizações dos trabalhadores, tais como sindicatos, movimentos populares, associações, etc., e aos direitos e conquistas da classe trabalhadora, como por exemplo a aprovação, no reacionário Congresso Nacional, da famigerada “reforma” trabalhista, do governo golpista de Michel Temer, a terceirização em todas as atividades de uma empresa e assim por diante.
Além dos ataques no plano geral contra os trabalhadores, os patrões se sentiram à vontade em aumentar a ofensiva dentro dos locais de trabalho. Nos bancos é muito claro o aumento de assédio moral nas dependências. Para garantir os seus já fabulosos lucros, os banqueiros não medem esforços para realizá-los, para isso submetem os trabalhadores a situações das mais diversas possíveis para a venda de produtos bancários, tais como, cobranças vias whatsapp aos funcionários, ameaças de demissão se o bancário se recusar extrapolar a sua carga horária, descomissionamentos se não cumprida a meta de venda e uma outra série de arbitrariedades.
No Banco Bradesco essa situação só vem se agravando. Um exemplo é a recente denúncia do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro em que declara que “a situação no Bradesco é tão grave, que o Sindicato participou de uma audiência no Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro para tratar do assunto e pôr fim à violência psicológica imposta pelo banco. Cerca de 20 bancários do Bradesco, de vários municípios, denunciaram o assédio.” (site Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro 21/10/18)
Em Brasília, a situação dos trabalhadores, em relação ao assédio moral, não difere do resto do País. Recentemente trabalhadores de uma agência localizada em uma das cidades satélites da Capital Federa, Guará, denunciaram a situação que estão submetidos para que aumentem a produtividade na venda de produtos, para que a agência atinja a meta de manter o seu posicionamento no ranking estabelecido pela direção golpista do banco.
Os trabalhadores devem se preparar, através dos seus próprios métodos de lutas: greves, mobilizações de rua, etc. para barrar os ataques da direita golpista, que pretende aumentar a ofensiva, com métodos cada vez mais fascistas, contra a classe trabalhadora em consequência da crise capitalista mundial.