Da redação – Em “legítima defesa”, um Guarda Civil Municipal (GCM) mata um ciclista de 29 anos com três tiros na Praia Grande, no litoral de São Paulo. O caso ocorreu na Avenida Ministro Marcos Frente, próximo ao Viaduto 5.
Segundo a polícia, a GCM estava fazendo um patrulhamento na área quando duas pessoas, um motorista e um ciclista, estavam discutindo. A discussão iniciou quando o ciclista foi fechado pelo motorista. Segundo a GCM, não houve danos e o motorista foi liberado.
Segundo o relato do guarda no boletim de ocorrência, o ciclista teria continuado no lugar e começou a ofender o guarda. A GCM já estaria indo embora quando o ciclista foi em direção ao motorista e tentou tirá-lo de dentro do carro. O guarda teria usado gás de pimenta para conter o ciclista, mas mesmo assim ele teria indo em direção ao guarda e deu dois socos. O ciclista tentou pegar a arma do guarda e na briga, os dois acabaram indo ao chão. Foi nessa hora que o guarda deu os três tiros no ciclista. A ambulância foi acionada, mas o ciclista tinha morrido no local.
A ideia de “legítima defesa” é uma piada. É difícil de acreditar que um ciclista desarmado tenha partido para cima de um guarda totalmente armado. O mais provável é que o ciclista tenha sido assassinado a sangue frio pela “estagiária” da PM, a GCM.
Ademais, a “legitima defesa” foi realizada pouco depois do chamado projeto “anticrime” do ministro bolsonarista Sérgio Moro. Uma das modificações das leis criminais é o fato que a polícia pode matar em “legítima defesa”, quando se sentir ameaçada, ou seja, carta branca para a polícia matar à vontade qualquer pessoa.
A polícia e sua estagiária, a GCM, têm que ser dissolvidas. A polícia não serve para combater crime nenhum.