Conforme o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (ODSST), do Ministério Público do Trabalho (MPT), entre 2012 e 2017, foram registrados no Paraná 105.133 casos de auxílios-doença por acidente do trabalho e doenças ocupacionais. O número de operários que perderam suas vidas nesse período foi de 1.286.
O ramo frigorífico, de acordo com o levantamento do Observatório, corresponde ao segundo lugar, entre todos os setores. No ramo industrial é o primeiro, tanto no Paraná como em vários outros Estados do País, nos quais têm uma presença importante.
Para ter uma idéia da disparidade dos acidentes e doenças ocupacionais nos frigoríficos, estes ocorrem sete vezes nos frigoríficos do que nos demais ramos industriais.
As principais causas dos acidentes estão relacionadas à falta de manutenção dos equipamentos, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), frio excessivo, bem como, o excesso de peso, equipamentos pontiagudos, e ritmo acelerado do trabalho durante jornadas excessivas.
Os patrões do setor não respeitam nenhuma legislação, não tem qualquer respeito pelos seus funcionários
Quando ocorre fiscalização, algo raro, e o frigorifico é autuado, os fiscais sempre propõe um acordo, cujo objetivo facilitar para que patrões possam regularizar a situação formal, sem mudanças efetivas e redução dos acidentes. Vários frigoríficos não aceitam o acordo e outros, quando dizem aceitar, não corrigem o problema, pois querem o lucro acima de qualquer coisa, principalmente nas piores condições possíveis, mesmo que custe a vida de seus funcionários.
São inúmeros os relatos de vários casos de que os itens do acordo proposto foram totalmente negligenciado.
No entanto, os patrões ficam impunes, principalmente porque, para continuarem nesta situação, financiaram os golpistas MDB, DEM, PSDB, etc., que destituíram a presidenta Dilma Rousseff, eleita com 54,5 milhões de votos e prenderam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vem retirando todos os direitos do conjunto da classe operária.
O tamanho do estrago é enorme, pois a falta de condições de trabalhar deixa a grande maioria desses operários, senão sua totalidade, sem as mínimas condições de sobreviver e garantir as condições adequadas de vida para suas suas família.
Para mudar a situação imposta pelos patrões, é necessário a organização do conjunto da classe trabalhadora, da população explorada, através de comitês de luta contra o golpe, nas fábricas, bairros, municípios, bem como, todos os Estados do país.