Com a chegada do novo coronavírus no Brasil, megalópolis tem sido o centro das atenções de todas as pessoas, inclusive da comunidade médica. Porém, quase não se tem observado lugares distantes, afastados da grande agitação urbana, mas essas áreas também sofrem com o risco de um número altíssimo de contagiados pelo vírus, uma vez que esses locais não contam com uma infraestrutura suficiente, para a quantidade de habitantes.
A região que tem causado grande preocupação, é a do interior da Amazônia, onde povos tradicionais como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros e pescadores, não tem a menor condição de enfrentar esta pandemia. Os atendimentos estão concentrados nas grandes capitais brasileiras, ocasionado a vulnerabilidade para os povos que vivem nessas regiões, que sempre foram desassistidas pelo governo e que possivelmente, pagará um preço muito alto com esse atual cenário.
Segundo o médico Erik Jennings do Hospital Regional do Baixo Amazonas, “Santarém pode se tornar um grande epicentro de Covid-19 no interior da Amazônia” e que “As aldeias não estão aparelhadas nem com o mínimo de recursos tecnológicos e humanos para resolver as coisas nas comunidades. A estrutura de assistência à saúde indígena foi criada em cima de um modelo que não dá certo nem para o branco em momentos de pandemia”.
É evidente que isso tudo é decorrente de uma política direitista de economia neoliberal, onde o foco é sempre cortar as verbas de programas sociais, obras de infraestrutura que atenda essas comunidades, para que seja possível alocar altas somas de dinheiro para o grande capital financeiro. Verdadeiros parasitas, sanguessugas, que só sabem acumular riquezas, em cima da desigualdade social.
Esse momento é de reflexão para que todos entendam: A conta não está fechando! Pois o povo carrega o fardo de arcar com a carga tributária que lhe é imposta, mas não tem o retorno de todo esse valor que paga, porque tem sido despejado rios de dinheiro para banqueiros e mega empresários, não sobrando quase nada para os que mais são onerados com os impostos.
Mais uma vez, colocamos em pauta as medidas que precisam ser adotadas imediatamente diante deste caos, que seria a contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise; Aumento do número de leitos nos hospitais públicos; Distribuição gratuita da máscaras, luvas, álcool e remédios; Formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde; Estabelecer sistema de testes em todos os lugares; Aumento dos valores do Bolsa Família e extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica; Nenhum dinheiro para os bancos e especuladores, Por uma assembleia constituinte convocada sobre a base da mobilização popular e por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.