Manifestantes se reunem nesta sexta-feira (24), no centro da capital iraquiana, para reivindicar a retirada das tropas americanas do país, já aprovada no Parlamento por meio de uma resolução não-vinculante enviada ao Poder Executivo. Desde a aprovação, as tropas americanas passaram a ter seus movimentos controlados e restringidos, passos prévios para a sua expulsão definitiva.
No período da manhã do dia muçulmano de orações, alto-faltantes tocavam “Não, não América!” e se viam cartazes com a mensagem “Morte à América! Morte à Israel!”. Todos os meios de acesso à Zona Verde, espaço onde se localiza a sede do governo do Iraque e diversas embaixadas estrangeiras em Bagdá, foram bloqueados por barreiras.
Os manifestantes vindos da capital e de províncias do sul caminhavam a pé até um ponto de reunião no bairro Jadriya, com bandeiras do Iraque e vestindo mortalhas brancas simbólicas. A convocação foi feita pelo clérigo xiita Moqtada al-Sadr, que pediu que viessem mais de um milhão de homens para a manifestação. Seu partido político, o Movimento Sadrista, conseguiu o maior número de cadeiras no Parlamento nas eleições de 2018.
A mobilização é apoiada pela fração do Al-Fatah no Parlamento e pelas Unidades de Mobilização Popular, um grupo amplo de milícias pró-Irã.
A situação no Oriente Médio se radicalizou após o ataque terrorista dos EUA que assassinou o general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds, no Iraque. Desde então, a crise do imperialismo se aprofunda cotidianamente e o controle político que exerce sobre os país ameaça entrar em colapso. A investida imperialista sobre os povos do Oriente Médio, em especial sobre o Irã, é criminosa e exige a unidade total dos povos em prol de uma rebelião que leve definitivamente à expulsão do imperialismo.