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Para conter a convulsão social

Povo é obrigado a trabalhar e ainda é reprimido pelo Exército

Considerando o caráter explosivo da situação no país, com milhares de mortes pelo coronavírus e desemprego e miséria dos trabalhadores, burguesia prepara repressão

Em Curitiba, a Polícia do Exército é enviada para controalar as aglomerações. Mas essas aglomerações são culpa do próprio governo, que obriga o povo a ficar em filas da Caixa (não libera o dinheiro) e nos pontos de ônibus e metrô (o povo tem que ir trabalhar para encher o bolso dos patrões)

Nesta quinta (14), desde às 5:30 da manhã, Curitiba amanheceu com militares do exército e guardas municipais nos terminais de ônibus e agências da Caixa Econômica Federal na capital.

Segundo dados do próprio governo municipal, os militares se somaram à Guardas Municipal “nos trabalhos de orientação e fiscalização nos maiores terminais de ônibus e em agências da Caixa Econômica Federal da cidade”.

“Orientação e fiscalização”

É uma forma de mascarar o que é, na realidade, intimidação e repressão da população. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a população foi obrigada, pelos patrões e seus representantes – como o prefeito Rafael Greca (DEM), o governador Ratinho Jr. (PSD) e o presidente Bolsonaro (sem partido), todos golpistas – a fazer uma “quarentena” sem qualquer condição.

As propagandas nos pontos de ônibus, terminais da cidade diziam coisas como “fique em casa”, para pessoas que moram na periferia, espremem-se às dezenas em cômodos que são por si só aglomeração. Coisas como “lave as mãos”, num momento em que a Sanepar (Estatal de Saneamento da cidade) mesmo com as proibições durante a pandemia, seguia cortando o fornecimento de água de unidades com faturas atrasadas, quando não fazendo rodízio de fornecimento e deixando dezenas de bairros periféricos sem água. Ou seja, sem qualquer condição de alimentação, de saúde, e mesmo de distanciamento social, foi cobrada da população uma tarefa impossível, da qual o poder público não fez nada, além de demagogia sobre “medidas científicas” da OMS.

Já no momento atual, com a queda geral da atividade econômica e o desespero dos capitalistas em falirem seus negócios, esses mesmos golpistas destroem a suposta “quarentena” e forçam a população a voltar ao trabalho, em pleno pico da pandemia de coronavírus! Óbvio que essa operação não dará certo, uma vez que ao se aglomerar, sem qualquer condição de saúde e proteção para o convívio social, o que vai ocorrer é o contágio em massa e a revolta popular resultante da situação das mortes (o Paraná ultrapassou a centésima em dados oficiais) e da miséria total da população.

Por isso, neste momento, considerando a situação de conjunto – milhares de mortos de um lado e milhões de desempregados e de pessoas em situação de extrema pobreza, de outro. Considerando que o movimento na Caixa Econômica deve voltar a aumentar nos próximos dias, devido ao pagamento de nova parcela do auxílio emergencial, que a burguesia, através do prefeito Greca, implementou essa operação de repressão, preparando-se para riscos de reação iminentes.

Apesar de Curitiba e do Paraná estarem totalmente abertos, funcionando como se nada tivesse ocorrido, é semelhante ao chamado “lockdown”, uma espécie de estado de sítio de facilitar a repressão da população, que irá reagir a todos esses ataques. Essa operação só pode (e vai!) ser utilizada para garantir que o povo cumpra calado as determinações da burguesia, sob o risco de ter de lidar com o aparato de repressão mobilizado.

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