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Caribe

Povo cubano frustra tentativa de golpe do imperialismo

Grupos minoritários financiados pelos EUA tentam desestabilizar o governo da ilha e saem derrotados nas ruas.

O grupo em destaque leva o nome de Movimento San Isidro, que é o nome de uma rua de Havana Velha e do seu entorno, uma espécie de bairro. Este grupo de San Isidro se declara como oposição ao governo Revolucionário. Alguns membros dele estão sendo processados por sabotagem ao jogarem coquetéis molotov e incendiarem estabelecimentos públicos.

Outro membro do grupo está sendo processado por ter pintado de vermelho, como se fosse sangue, uma estátua de José Martí. Este indivíduo declarou publicamente que recebeu dinheiro de Miami para fazer isso. Há outro ainda que posta vídeos ofensivos à bandeira nacional do país. Os envolvidos, portanto, escolhem alvos muito específicos e que agridem fortemente os valores cubanos. Tanto Martí, o apóstolo de Cuba, como a bandeira cubana são símbolos muito importantes para a população local.

O grupo não possui um programa político ou uma proposta e sequer participa da vida política nacional. Em Cuba você não precisa ser filiado ao partido para candidatar-se nas eleições, assim qualquer cidadão poderia concorrer e se eleger. Mesmo assim os membros deste grupo não participam e não apresentam suas propostas ao país.

Neste ínterim um membro do grupo chamado Denis Solis, um cantor de rap, foi condenado a oito meses de prisão por desacato à autoridade. No momento da prisão Solis gritou “Trump Presidente!”. Sequer houve violência policial e o acusado preferiu não recorrer da decisão. Na sequencia treze membros da trupe se declararam em greve de fome e sede pela libertação de Solis. Uma greve fajuta diante das inúmeras provas públicas que confirmam a circulação de pessoas levando alimentos e bebidas até a casa onde o grupo de reúne.

Logo no inicio da tal greve personagens do governo norte-americano fizeram declarações contra o governo Cubano a apoiaram o movimento abertamente. A representante diplomática dos EUA em Cuba, Mara Tekach, foi filmada levando recursos aos membros. Os próprios integrantes do grupo postaram nas redes sociais agradecendo a ajuda yanke.

Alguns dias atrás um jornalista que vive no México, Carlos Manuel Alvarez, entrou em Cuba após uma passagem pelos EUA e trouxe consigo dinheiro ao grupo. A ação inclusive desobedeceu às normas legais de controle da pandemia. Alvarez também se utilizou de endereço falso para entrar no país e dirigir-se à casa dos “grevistas”. Em consequência da visita dele todos os moradores da casa precisam agora ficar em isolamento.

Por outro lado, aproveitando a repercussão da greve de fome, um grupo de artistas dirigiu-se ao ministério da Cultura onde foram recebidos pelo vice-ministro Fernando Rojas numa reunião onde puderam apresentar suas reivindicações específicas.

Em contraposição, no domingo, houve uma grande manifestação pública convocada através das redes sociais por organizações da juventude em desagravo e apoio à Revolução. Muitos artistas se apresentaram e o presidente da República Miguel Díaz-Canel também compareceu a convite dos organizadores.

O que mais existe na mídia capitalista internacional, entretanto é desinformação. Resumidamente, não houve violência policial em nenhum momento. Não há nenhum desaparecido. O raper Denis Solis está preso por desacato e não quis recorrer da sentença. O jornalista Carlos Manuel infringiu a lei de controle de epidemias e será processado por isso. Os artistas que foram ao Ministério da Cultura fizeram reivindicações que nada tem haver com o movimento. O grupo não tem apoio da população e nem procura ter, sendo isto apenas um modo de ganhar dinheiro do exterior.

Já para o governo Trump trata-se de mais uma oportunidade de fazer campanha midiática contra Cuba e tentar envolver outros setores que possam estar descontes. Como se sabe esta é uma tática de guerra não convencional muito utilizada para preparar golpes brancos como o que destituiu Dilma em 2016 no Brasil.

Ainda assim, verdade seja dita, o movimento San Isidro não é o único grupelho financiado pelos EUA atuante em Cuba. Existe por exemplo o grupo das chamadas Damas de Branco que fazem passeatas aos domingos na avenida central no bairro de Playa em Havana sem nenhum obstáculo. Elas já foram fotografadas indo buscar dinheiro e presentes na representação diplomática dos EUA. Há pequenos grupos também em outras províncias, mas não tem a menor repercussão na vida política do país e isto é fácil de entender.

A Revolução Cubana chegou ao poder após enfrentar em armas uma ditadura sangrenta sustentada pelos EUA. Não é plausível que os cubanos levem a sério grupelhos que vivem do dinheiro enviado pelos norte-americanos e que só fazem molecagens inofensivas.

Abaixo um trecho de uma matéria do jornal Granma que classificou o episódio como um “ato de reality show imperial”:

“[…] Evito aqui qualquer suposição monetária – embora Denis tenha confessado ter recebido dinheiro de uma pessoa por conta dos atentados perpetrados em Cuba – prefiro discutir ideias. E não sei os motivos da estranha viagem do escritor-jornalista que, para chegar a Cuba do México, teve que passar antes pelos Estados Unidos. Mas os que andam na corda bamba dão pistas: não se trata de um Decreto ou de uma decisão que alguém tenha considerado errada – as declarações se confundem e se amanhã o Governo decidir outra coisa, será incorporado no bojo -, não se trata da liberdade de expressão (muito menos artística), mas da construção de uma oposição política claramente patrocinada pelo imperialismo, a restauração da democracia burguesa e a morte de qualquer indício de democracia popular. Embora muitos dos demandantes possam não saber, o verdadeiro propósito é a restauração da Cuba neocolonial. Para evitar dúvidas, altos funcionários da administração Trump saíram imediatamente para defender seus atores coadjuvantes. Eles sabem que o show está chegando ao fim e precisam acertar as últimas adagas […]”.

Confira a matéria do Granma na íntegra aqui.

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