Da redação – Hoje (27) iniciou-se um novo dia de mobilizações do povo colombiano contra o governo de extrema-direita do presidente Iván Duque.
Diante do chamado do Comitê Nacional de Greve, os trabalhadores e estudantes do país saíram às ruas para um enfrentamento direto e concreto ao regime direitista da Colômbia. Ações de protesto ocorrem nesta quarta-feira nas principais cidades do país.
“Contra o pacotaço de Duque, a ODCE, o FMI e o Banco Mundial”, declarou o Comitê em um comunicado oficial. Além disso, as manifestações exigem o fim dos acordos de livre-comércio que somente prejudicam a Colômbia e os povos oprimidos em benefício dos interesses dos grandes monopólios dos países capitalistas desenvolvidos.
Uma outra reivindicação importante é a extinção de uma unidade da polícia antidistúrbios da Colômbia, o Esmad. Esse esquadrão é o principal responsável pela violenta repressão aos manifestantes que saem às ruas na Colômbia desde o início do governo Duque, há um ano e meio, particularmente desde a semana passada. Na última quinta-feira (21), os trabalhadores realizaram a primeira greve geral dessa jornada de mobilizações, que teve uma repressão absurda do Esmad. Uma das vítimas da repressão foi o jovem Dylan Cruz, que acabou morrendo devido aos ferimentos.
? Porropopo, porropopo
El que no salte quiero privatización ??#ElParoNoPara27N pic.twitter.com/pXSyt9nEL5— CUT Colombia (@cutcolombia) November 27, 2019
A iniciativa para essa nova mobilização foi tomada após uma reunião em que o Comitê participou, com membros do governo. Essa reunião foi chamada pelo próprio governo, mas não teve a participação do presidente Duque. As organizações sociais queriam falar diretamente com Duque e, como não conseguiram, anunciaram a nova jornada de protestos, denunciando que na verdade o governo não quer diálogo nenhum.
O presidente da CUT colombiana, Diógenes Orjuela, afirmou que as mobilizações de hoje contarão com uma paralisação pela manhã e panelaços ao meio-dia e de noite.
Na capital, Bogotá, os manifestantes têm marcado uma caminhada do Parque Nacional até a Praça Bolívar, enquanto que em Medellín, Cali, Bucaramanga e Barranquilla também estão previstas mobilizações.