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Seguiremos o Chile?

Povo chileno continua nas ruas

As manifestações no Chile mostram como o crise do capitalismo é terminal, como a política neoliberal inevitavelmente nos leva a um combate de vida e morte.

Os protestos em massa contra o governo de direita de Sebatián Piñera no Chile têm se mostrado bastante grandes e o governo já sabe que não as pode controlar.

Iniciaram na capital, Santiago, mas já se estendem por diversas cidades do país. Valparaíso é especialmente importante nesse momento porque, além de ser uma das mais povoadas, é a sede do Congresso Nacional.

O mau-hábito de tentar analisar essas manifestações, seja no Chile, no Equador, em Honduras, na Argentina ou onde mais estejam acontecendo como algo ‘espontâneo’, não ajuda a entender sua dimensão e possibilidade. O fato de não serem organizadas não significa que não se tornem. O fato de não haver, no momento, partidos políticos, sindicatos ou movimentos sociais específicos conduzindo os protestos, não quer dizer que não o façam ou que não possam se agregar, mas apenas indica uma falha na avaliação dos partidos, dos sindicatos e dos movimentos sociais, quanto ao momento político e suas potencialidades.

Apesar da violência com que o governo reagiu às primeiras mobilizações, o povo chileno continua nas ruas não aceitou as propostas do governo e seu pedido de desculpas pela truculência com que tratou os cidadãos, os manifestantes não hesitam em pedir a renúncia do presidente Piñera e dos ministros. Eles entenderam que não é o caso de fazer pedidos parciais, de mendigar migalhas, mas de mudanças radicais na política econômica, no sistema previdenciário, no sistema de saúde, na educação etc.

Ao exigirem, além da renuncia de Piñera, a formação de uma Assembléia Constituinte, os manifestantes mostram maturidade e clareza sobre o sentido do que vivem hoje no país, herança da época de Augusto Pinochet e de sua política econômica neoliberal.

Uma manifestação com cerca de 1,2 milhão de cidadãos na capital do país é um ponto de grande crise para o governo que no final da semana pediu a renuncia de seu ministério. Provavelmente o presidente Piñera não vai renunciar e deve tentar algum tipo de manobra para fingir ter cedido o que os manifestantes querem, enquanto consulta seus patrões imperialistas sobre os rumos a tomar.

Haverá fechamento, mais uma vez, do regime? Teria Sebastián Piñera condições e coragem para iniciar um novo período ditatorial no país? Os chilenos permitiriam isso mais uma vez?

Nada indica, por enquanto, que as manifestações cessem ou reduzam a ponto de o governo sentir-se seguro para nada fazer. Apesar de o toque de recolher ter se estendido por 10 dias, e da violência da polícia, o uso intensivo de gases e de tiros, de já se ter em conta a morte de mais de dezena de pessoas, centenas presas e, diz-se, de desaparecidos, a derrubada do governo ou um enfraquecimento vertiginoso está colocado na ordem do dia.

É preciso acompanhar o caso do Chile, pois ele é sintomático, ajuda a entender todo o restante do que acontece hoje na América Latina e outros lugares do planeta. A crise do capitalismo está aí.

 

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