Quando o atual presidente francês, Emmanuel Macron, foi eleito contra o partido nazista Front National, dos Le Pen, muitos que nele votaram acreditavam que o candidato então desconhecido pela população era um democrata, e que se tratava da única opção para barrar a vitória do FN. Entretanto, os acontecimentos de quinta-feira (19) demonstraram que se trata de um político burguês tão ruim e ditatorial quanto os outros, que ele se dizia opositor.
Nas ruas de Paris, policiais reprimiram manifestantes e trabalhadores das estradas de ferro quando estes saíram às ruas manifestar contra a reforma trabalhista que ataca os trabalhadores, que colocou em xeque o último governo, do “socialista” François Hollande. Os manifestantes foram agredidos com gás lacrimogênio no rosto, jatos d’águas e cassetetes. Isso demonstra a extensa crise do regime francês, que acompanha a crise geral do imperialismo.
Recentemente, as pesquisas revelaram que 60% da população francesa desaprova o governo do atual presidente. Isso se levarmos em consideração que as pesquisas geralmente são fraudadas a favor da burguesia, o número deve ser ainda maior. Nos últimos três meses milhares de manifestantes saíram ás ruas para protestar contra a política direitista do governo. Ao que foram respondidos com repressão policial.