65 diretores e diretoras de escolas estaduais de Porto Alegre convocaram uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (2), no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, para manifestarem-se contra a volta às aulas presenciais no Rio Grande do Sul, plano do governo direitista de Nelson Marchezan, o playboy neoliberal prefeito, mas também apoiado pelo governador também tucano, Eduardo ”Bolsoleite”.
A iniciativa veio da necessidade de reunir os trabalhadores da educação na luta contra os ataques do governo Bolsonaro ao setor, e ir às ruas pela anulação do ano letivo de 2020, suspendendo, assim, o EAD como validação deste e defender a volta às aulas apenas em 2021, com todos os jovens e crianças devidamente vacinados.
CEPERS, sindicato dos professores do RS
Para o diretor do CPERS Daniel Damiani, iniciativas como esta precisam tomar o estado para evitar uma tragédia.“As nossas escolas têm problemas estruturais graves, falta de professores, falta de funcionários, e apesar da sobrecarga das aulas remotas, não queremos nos expor sem segurança ao vírus. Não queremos ser cobaias desse experimento genocida que o governo está conduzindo”.
A diretora da Escola Porto Alegre, Greici Amarante, destacou que o governo do fascista Eduardo Leite (PSDB) nem sequer disponibilizou o que prometeu no início da pandemia.
“Estamos fazendo um movimento contra o retorno das aulas presenciais e pela preservação da saúde e da vida dos nossos estudantes, professores e funcionários. Precisamos seguir o que estamos fazendo porque o governo deveria se preocupar mais com a internet que até agora não deu, com escolas sem estruturas e não em arriscar nossas vidas”.
“O que vocês estão fazendo aqui vai servir de referência para outras direções. Vocês não estão sozinhos. No estado inteiro estão chegando manifestações contra o retorno, a maioria dos pais e dos alunos também é contra. Ninguém queria estar se expondo, mas estamos aqui hoje porque sabemos o caos que vai ser esse retorno”, frisou o diretor Daniel do CPERS no encerramento.
Protestos precisam aumentar
O movimento estudantil deve lutar pelas outras pautas da juventude, contra a destruição do ensino público que é o ensino a distância, contra as intervenções ditatoriais nas escolas e universidades, contras os cortes massivos no orçamento da educação.
Se os capitalistas querem que os trabalhadores paguem pela crise com suas vidas, que seja organizada a greve para que eles carreguem todo o peso do capitalismo em decadência.
A tendência geral de mobilização precisa ser aproveitada. . É preciso denunciar a ação assassina de encobrir a política dos bancos de reabertura das escolas. Tudo isso é um movimento coordenado mundialmente pelos capitalistas como uma última fase de reabertura da econômica, já que afinal de contas nunca existiu quarentena para a classe trabalhadora.
Movimento precisa aproveitar a rejeição do povo com a volta e se desenvolver em atos de rua contra a volta as aulas
Aproveitando da pressão da situação de crise do coronavírus, a imprensa faz demagogia e busca ouvir apenas os setores mais direitistas e interessados em arriscar milhares de vidas, como certos ”grupos de pais”, totalmente financiados e influenciados por uma política de extrema-direita golpista, conservadora.
Mas a verdade é que a rejeição da população em relação ao retorno presencial do ano letivo é gigantesca. Por exemplo, duas pesquisas interessantes, uma em São Paulo e outra feita pela CUT com mães de alunos mostram que entre 75% a 86% da população é totalmente contra a medida genocida.
É de fundamental importância que os trabalhadores da educação e os estudantes acompanhem a tendência de luta que já se manifestam pelo país, paralisando as escolas enquanto durar a pandemia e fazendo imensos atos de rua enquanto não houver uma vacinação eficiente e amplamente disponível para a população em geral.
Fora Bolsonaro, Fora Marchezan, Fora Bolsoleite!