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Porto Alegre: polícia invade condomínio de madrugada com 40 viaturas, 170 homens, helicóptero…

Em operação realizada pela Polícia Civil, na madrugada desta quarta feira (26), realizou-se a invasão do Condomínio Princesa Isabel, no bairro Azenha na área central de Porto Alegre.
Com suas usuais nomenclaturas americanas, neste caso “House of Pain” (Casa da Dor), a operação conforme alegam os policiais visava desarticular uma quadrilha que praticava assaltos em coletivos da capital. Detiveram oito pessoas que não tiveram seus nomes divulgados. Onde pelo menos uma dupla de moradores foi presa por “desacato”.

A operação se deu com o arrombamento do portão principal do condomínio mostrando claramente o abuso de poder e sua invasão por mais de 170 policiais civis paramentados em vestimentas de guerra, helicóptero, holofotes, viaturas, um verdadeiro espetáculo para a imprensa local.

Um adolescente de 16 anos foi detido em trajes escolares e algemado com a mochila ainda nas costas enquanto sua mãe bradava: “Ele não é bandido. Pra quê levar ele pra delegacia?”

Portanto, fica claro que a invasão de um condomínio com mais de 30 blocos e 480 apartamentos, e mais de um mil moradores no meio da madrugada para efetuar a prisão de oito pessoas dentre as quais as únicas duas identificadas foram presas por desacato, trata-se não só de uma desproporcionalidade patente do uso da força estatal, de malversação do dinheiro público, mas de um ataque direto aos moradores do condomínio como um todo.

Uma operação efetuada na madrugada de dia útil, com o emprego de 170 policiais, viaturas, helicóptero, com o claro intuito de produzir imagens para os veículos televisivos que acompanhavam em primeira mão a invasão das áreas comuns do condomínio, convertendo a prática de incursão em morros num hábito banal facilmente replicável em qualquer cidade brasileira.

“Eles desacataram os policiais. Nessas operações têm muita gente que caminha no meio e faz de conta que é trabalhador. Se ele não parou pra mostrar identidade e ainda xingou é desobediência. Não gostaríamos de ter de deter, mas é nosso dever. E é direito dele achar ruim e protestar”, avaliou o delegado da DRTC.

Alegações feitas sem base em qualquer arcabouço jurídico. Não há previsão legal de obrigação de se identificar, quanto mais do direito positivo de “achar ruim e protestar” contra uma prisão ilegal e o abuso de poder por autoridade policial. Compreendemos que enquanto cidadãos devemos conhecer as leis para que no caso de um policial subvertê-las saibamos nos opor, neste caso o adolescente foi preso com base em lei ficta e reafirmada pelo delegado da polícia civil a veículo da imprensa porto-alegrense que não apenas não contesta, mas reporta e reafirma a ilegalidade estatal.

O Condomínio Princesa Isabel já foi palco de mais de uma dezena de operações policiais desde sua habitação, por se tratar de um residencial popular, encrostado em área de alto valor imobiliário e coincidentemente ao lado do “Palácio da Polícia”, resta claro que esses abusos tendem a continuar e a se intensificar, dada a degradação econômica promovida pelo atual regime, que também incumbe as forças de segurança no papel repressivo de expulsar os trabalhadores para as periferias, assim como na revogação tácita de qualquer direito à cidadania efetuada pela classificação econômico-social do cidadão enquanto pertencente à classe trabalhadora.

Cabe à imprensa operária denunciar tais práticas, não permitindo a asepsia linguística que transforma invasão policial e violência coletiva em “operação contra assaltos” “Operação House of Pain” e outros disparates, assim como de incentivar a organização de coletivos de autodefesa comunitários como forma de impedir essa forma continuada de violência e intimidação contra toda uma população. É preciso dissolver a PM e substituí-la por milícias formadas pela população, que atualmente é alvo do governo de extrema-direita que através de uma fraude eleitoral se apossou do poder no País e tem todo o aparato militar e policial ao seu favor contra o povo.

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