Com o início da pandemia da COVID-19, o Partido da Causa Operária logo se organizou em torno da proposta de formação Conselhos Populares de bairros para reivindicações básicas para a população mediante o avanço do desemprego, da falta de testes, de respiradores, da fome e das mortes por causa da ausência de medidas contra o coronavírus.
O intuito era fazer com que a própria população se organizasse para reivindicar direitos básicos de urgência nesse período para poder público (municipal, estadual e federal) como: restaurantes populares, fim da cobrança de aluguel, água, luz, aumento do número de leitos, distribuição de máscaras, luvas, álcool em gel, remédios, proibição de demissões, dentre outras medidas para enfrentar a epidemia e a crise capitalista. O PCO criou com sucesso por diversos lugares do país os Conselhos, que criaram seus próprios jornais, restaurantes populares, e obrigaram que algumas de suas reivindicações fossem atendidas.
Agora, no período eleitoral, o partido lança os Comitês de Campanha Eleitoral nas cidades onde tem suas candidaturas. O objetivo destes Comitês é conversar com o maior número possível de trabalhadores, promover panfletagem e atos públicos, indo de porta em porta nos bairros populares para fazer o chamado a classe operária para a construção de um partido operário e apresentar o programa do partido.
Além disso, denunciar a farsa do jogo de cartas marcadas que são as eleições no país, que realizará seu pleito em apenas 50 dias. Esse tempo pequeno de campanha não permite que aconteça um debate amplo e ocorra a divulgação e apresentação dos candidatos para o povo. Num país da dimensão do Brasil, não é possível apresentar um programa de candidatura devido a dimensão do país. Tudo isso só é possível para quem conta com o apoio dos meios de comunicação e com o patrocínio da burguesia, pois são altos os investimentos que se exige para uma campanha eleitoral.
Há também as restrições de tempo de TV e rádio, a cláusula de barreira que impede que muitos partidos não tenham tempo para a propaganda eleitoral. É o caso do Partido da Causa Operária, que nas últimas eleições contava com apenas 6 segundos. Ou seja, existe um aprofundamento claro da instauração de uma ditadura.
Há também as restrições de tempo de TV e rádio, a cláusula de barreira que impede que muitos partidos não tenham tempo para a propaganda eleitoral. É o caso do Partido da Causa Operária, que nas últimas eleições já contava com apenas 6 segundos. Ou seja, existe um aprofundamento claro da instauração de uma ditadura.
Por isso, o único sentido que pode haver para um partido revolucionário participar das eleições é justamente denunciá-las e usar os espaços como tribuna de luta para evidenciar as restrições do jogo eleitoral, denunciar o golpe de estado que ocorre desde 2016, pedir o Fora Bolsonaro, e exigir a restituição dos direitos políticos de Lula, para que ele seja candidato em 2022.
Assim, os comitês de Campanha fazem esse chamado à luta na campanha eleitoral, mas tendo o intuito de permanecerem como comitês mesmo após as eleições e continuarem organizando a classe trabalhadora em torno das suas reivindicações mais relevantes mediante o ataques dos capitalistas a seus direitos.