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Fome, miséria e desemprego

Por um auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo

Uma pesquisa elaborada por universidades do Brasil e da Alemanha apontou que cerca de 125 milhões de brasileiros estão passando fome no país

No Brasil pós-golpe de Estado, o governo fraudulento de Bolsonaro, tem colocado a população em um verdadeiro abismo de miséria, fome e desemprego. Uma pesquisa elaborada por universidades do Brasil e da Alemanha apontou que cerca de 125 milhões de brasileiros estão passando fome no país. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas em situação de rua no Brasil cresceu 140% nos últimos 8 anos, chegando a quase 222 mil pessoas. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o número de desempregados no Brasil foi estimado em 14,4 milhões no trimestre encerrado em fevereiro, o maior contingente desde 2012.

Apesar dos números em si já serem um verdadeiro absurdo, a situação real é muito pior. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) também mostram que no último ano foram fechados um total de 7,8 milhões de postos de trabalho. Outro informe do Pnad no ano passado foi de que pela primeira vez desde o início da série histórica mais da metade dos brasileiros em idade de trabalhar não tinha emprego fixo no país, ou seja, são desempregados, desalentados, pessoas sem ocupação e que vivem de bico ou serviços temporários e etc. Colocando em números gerais cerca de 100 milhões de pessoas. 

O estudo feito pela Universidade Livre de Berlim em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre novembro e dezembro do ano passado, mostra que 59,4% dos brasileiros estavam em “insegurança alimentar” no fim de 2020, e 15% enfrentavam “insegurança alimentar” grave. É importante esclarecer que insegurança alimentar é uma expressão utilizada pela imprensa golpista e o governo federal para tentar esconder a situação de fome no Brasil. Outro dado dessa pesquisa que não surpreende ninguém, é que os mais atingidos são os negros e as mulheres. A situação é mais comum em domicílios chefiados por pessoas pretas (66,8%) e por mulheres (73,8%); que têm crianças de até quatro anos (70,6%); e uma renda per capita mensal de até R$ 500 (71,4%). A fome também é mais frequente nos domicílios situados em áreas rurais (75,2%) e nas regiões Nordeste (73,1%) e Norte (67,7%).

Os dados do Ipea, publicados em março do ano passado, mostravam uma população de rua em torno de 220 mil pessoas, e que a tendência era de esse número explodir exponencialmente, durante a pandemia e a crise econômica que assola o país. Para a CNN o pesquisador do Ipea Marco Natalino, diz que desde 2015 o número de pessoas morando na rua vem aumentando, porém nos últimos anos foi além do que ele imaginava. “Já faz 10 meses desde esse dado [o estudo mais recente] e não tenho informações nacionais sobre o que aconteceu desde então. Mas sabemos que o número está mais alto e vinha crescendo.”

Uma outra pessoa que está na linha de frente com várias iniciativas para população de rua, o Padre Julio Lancelotti, que coordena a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, alerta não apenas para o crescimento de moradores de rua, como também mulheres com crianças, inclusive grupos familiares. “Só no centro de convivência da entidade conveniada na Mooca, onde eu acompanho mais, antes da pandemia, 4 mil pessoas passavam por lá pela primeira vez a cada mês. Durante a pandemia, esse número foi para 8 mil”, afirma. 

Diante desse cenário catastrófico, no último ano tivemos uma enxurrada de fechamento de empresas e demissões em massa, contribuindo para a situação de desespero da população e para aumentar os números de pessoas em situação de miséria e desemprego, o governo federal trabalha abertamente para piorar a situação. Desde de 2019, 13 multinacionais fecharam as portas no Brasil. Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas no Brasil em 2020, 98% são micro e pequenas empresas. Apesar do número assustador, devemos levar em conta que estes são números oficiais, e que a situação de pequenos negócios que muitas vezes escapam desses registros também foi a de falência ou fechamento e demissões.

Em meio a tudo isso o governo e o Ministro da Economia Paulo Guedes preparam a privatização de dezenas de estatais, entre elas o Banco do Brasil e a Empresa de Correios e Telégrafos cada estatal conta com cerca de 100 mil trabalhadores, com a venda dessas empresas teremos mais um mar de trabalhadores no olho da rua, como já vem acontecendo. No inicio do mês passado em menos de três dias 28 ativos de infraestrutura foram concedidos à iniciativa privada pelo prazo de 30 anos. Entre eles estão, portos, aeroportos e rodovias. Em pouco tempo a população deve sentir na pele e no bolso esse crime contra o patrimônio nacional e o que deve acarretar e centenas de demissões de trabalhadores. 

Em contrapartida, a situação econômica do povo brasileiro, a cesta básica já toma praticamente 60% do salário mínimo, e neste inicio de 2021 o aumento foi de 20% de acordo com o Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Entre os itens de extrema necessidade da população que também tiveram aumento significativo nos últimos anos estão o gás de cozinha, aluguel, água, luz, combustível e transporte. Uma pesquisa do Dieese, divulgada em março deste ano, aponta que o salário minimo no Brasil deveria ser de R$ 5.304 para suprir as necessidades básicas de um trabalhador e da família dele (formada por mais um adulto e duas crianças), com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Como se não bastasse, Bolsonaro propôs um auxilio emergencial para este ano de R$ 150, e com o número de pessoas que poderão receber extremamente reduzido. Uma verdadeira miséria que não dá para comprar absolutamente nada, visto que um gás de cozinha hoje no Brasil custa em média R$ 100. A migalha que foi auxilio no ano passado R$ 600 com um aumento gigantesco nos custos de vida aparece este ano 4 vezes menor, o que é um absurdo, um verdeiro tapa na cara do povo brasileiro. A esquerda mesmo sabendo que R$ 600 reais é um auxílio muito rebaixado, procura pressionar o governo para que volte a se pagar essa migalha para as pessoas. A busca pelo auxilio emergencial de toda a esquerda nacional deveria ser de exigir pelo menos um salário mínimo, e não R$ 600. Luta essa que deve ser travada nas ruas, com mobilização popular.

Portanto devemos aproveitar a tendência à mobilização popular, como vimos no ato do primeiro de maio em São Paulo chamado pelo PCO e pelos Comitês de Luta de todo o Brasil e ampliar as convocações, chamados, divulgação entre outros meios, com objetivo de se organizar um grande ato para que o dia 3 de julho na Avenida Paulista para que a população coloque nas cordas a politica criminosa, que está sendo levada adiante pela direita contra o povo brasileiro. Exigir de imediato a vacinação gratuita e urgente para todos, por um auxilio emergencial de pelo menos um salário mínimo, diminuição da jornada de trabalho sem corte de pagamento, volta às aulas somente quando toda a população estiver imunizada, contra a fome, a miséria e o desemprego que assolam o país. Abaixo o golpe de Estado e fora o governo Bolsonaro!

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