A crise capitalista demonstra a cada dia a fragilidade e a grande mentira que é o sistema financeiro privado. Segundo Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex presidente do BNDES, a crise mostrou o papel dos bancos públicos em economias como a brasileira, onde essas instituições respondem mais rápido ao que a sociedade precisa nos momentos de crise. E isso não é por acaso ou atoa. As instituições privadas atuam como verdadeiros agiotas na Economia mundial, principalmente nas economias em desenvolvimento, como é o caso brasileiro, onde a mando de grandes imperialistas sugam o dinheiro da população de diversas formas. O sistema financeiro e os bancos privados sempre exerceram suas influências em benefício próprio, tirando enormes quantias de dinheiro com acordos impostos com o Estado, principalmente em grandes crises, além das altíssimas taxas de juros praticadas tanto para trabalhadores quanto para pequenas empresas, aliás, nesta crise, os bancos estão dificultando cada vez mais os pequenos empresários com restrições para empréstimos, demora para liberação e também mantendo juros abusivos.
O sistema financeiro e os bancos privados acabam impondo suas vontades dentro da Economia e recorrendo ao Estado apenas quando convém, por isso se pode explicar porque bancos estatais respondem mais rápido as demandas da sociedade a eles impostas, pois são controlados pelo governo, até mesmo quando o governo é golpista, como é o caso brasileiro. A privatização dessas instituições só levou a sociedade á uma situação de exploração, principalmente quando o sistema financeiro se tornou o centro da Economia, a partir da década de 70, naquilo que podemos chamar de financeirização da economia, onde o uso massivo dos bancos pela sociedade levou a um estágio onde todas as transações econômicas rendem dinheiro e são intermediadas pelos bancos, além dos estímulos para a concessão de crédito aos trabalhadores, fazendo com que os empréstimos se tornassem populares e assim fazendo dos trabalhadores “clientes” dos bancos e seus verdadeiros escravos com o pagamento de taxas de juros altíssimas, além de ficarem presos ao pagamento em parcelas que duram anos.
Além dos bancos privados que atuam nos países fazendo esse tipo de roubo para com a população, o mundo também enfrenta as instituições criadas por países imperialistas que servem justamente para a exploração de economias em desenvolvimento e também atendendo interesses burgueses, como é o caso do FMI e do Banco Mundial, onde empréstimos são impostos aos países prejudicados justamente pelo próprio imperialismo aumentando assim as suas dívidas públicas e impondo políticas extremamente violentas economicamente para com os trabalhadores como meios de “pagar” essas dívidas.
A estatização do sistema financeiro e dos bancos é necessária justamente para acabar com a exploração do trabalhador e do Estado, a agiotagem capitalista em benefício burguês sempre foi muito clara e somente com um sistema que seja controlado pelo estado proletário esse tipo de exploração terá um fim. Mesmo diante de crises, como vemos agora, os bancos privados e o sistema financeiro continuam sugando o dinheiro da população e prejudicando a vida do trabalhador, impondo seus interesses econômicos acima de qualquer coisa, é preciso dar um basta nessa exploração e isso só será possível com a derrubada do capitalismo.