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Reconstrução sob base operária

Por que o PCO defende a candidatura de Lula em 2022

A burguesia nacional tanto teme a força social operária quanto precisa dela.

Lula livre

O apoio do PCO à candidatura de Lula ficou ainda mais veemente com o pronunciamento do ex-presidente, no último dia 7 de setembro. O discurso nacionalista do Lula reforçou a política defendida pelo PCO, na luta por uma verdadeira emancipação dos trabalhadores do julgo do imperialismo da direta e da burguesia como um todo, mas evidenciou as diferenças e as contradições entre a proposta de Lula e a do PCO.

Devemos explicar a posição do PCO e os motivos pelos quais o partido decidiu apoiar e lutar pela sua candidatura à presidência de 2022. Destacamos aqui as diferenças entre o que Lula quer e representa, sob o ponto de vista do programa que ele apresenta para transformação do Brasil, e o programa operário, revolucionário e socialista defendido do PCO.

As contradições começam quando Lula reforça que devemos tirar o país do atraso da servidão colonial, o que é interesse comum entre os trabalhadores e patrões que querem se ver livres da opressão do imperialismo. Mas ao mesmo tempo, defende um novo pacto social, oferecendo concessões a ambos os polos das sociedades de classes, numa tentativa de reestabelecer o equilíbrio politico abalado pelo golpe de Estado. Essa é claramente uma contradição no programa apresentado por Lula em querer reconciliar a classe operária com a burguesia. O que é uma diferença essencial em relação ao programa defendido pelo PCO.

O PCO defende a mais completa independência da classe operária da burguesia. Reivindica a construção de um partido operário, na luta pela soberania política da classe operária sobre a minoria exploradora do país. O PCO entende que é impossível uma reconciliação com as massas que estão sendo oprimidas, atacadas, submetidas a uma verdadeira ditadura, nas piores condições, com fome, desemprego e agora diante de uma pandemia que pode levar a uma catástrofe sem limite e previsão de cura e de reversão.

A contradição está em juntar novamente a classe dominante com a classe dominada, depois que a própria classe dominante rompeu o pacto social construído e mantido desde a constituinte de 1988, ou ainda desde a dissolução do regime militar em 1985, em que o papel do PT e do Lula nesse processo foi determinante. Essa classe dominante que deu um golpe no PT e está conduzindo a nação para uma catástrofe.

Sob uma perspectiva mais profunda de análise dessa questão, podemos colocar que a classe dominante brasileira é opressora, ao mesmo tempo que é oprimida. Ela não é plenamente livre e independente em relação a classe dominante dos países imperialistas. Com isso, os trabalhadores de um país semicolonial como o Brasil são duplamente oprimidos. Para conquistar a independência e soberania, como discursou Lula e se livrar dessa dupla opressão, os trabalhadores precisam lutar contra a dominação da burguesia do seu país da ala da classe dominante, e contra a opressão da burguesia imperialista, que tem seus agentes diretos atuando em nosso país.

Dessa forma, a classe operaria é traída pela incapacidade da burguesia nacional de lutar sozinha contra o imperialismo. Ela precisa recorrer a poderosa força social que é a classe operária. Por isso, a burguesia nacional tanto teme a força social operária quanto precisa dela.

O golpe de 2016 é o resultado do temor que a burguesia nacional tem sobre a classe operária. Essa ameaça fez com que a burguesia se junta-se com a ala mais dependente do imperialismo para eliminar toda forma de pressão e resistência da classe operária sob o Estado. Derrubaram a Dilma, prenderam o Lula, fraudando as eleições de 2018 e impondo o Bolsonaro à presidência do país.

Segundo Rafael Dantas, da direção nacional do PCO, no programa Colunistas da COTV, apresentado no dia 8 de setembro ,  “A contradição do programa apresentado por Lula está justamente na frase de Victor Hugo por ele citada: É no inferno dos pobres que se faz o paraíso dos ricos. O Brasil de todos, como conclama Lula não é possível, pois os ricos não abrirão mão dos seus recursos. O que ficou evidente após o golpe de 2016 é que todas as conquistas obtidas durante os anos de governo Lula sequer arranharam a superfície do problema. O verdadeiro problema de todos os trabalhadores brasileiros de todos os povos do planeta é a propriedade privada capitalista.”

A base de um programa operário e de todos os povos pobres e oprimidos, na luta pela sua emancipação, passa necessariamente pela abolição da propriedade privada e capitalista. O programa do PCO traduz essa necessidade em termos políticos, táticos e práticos reivindicando a luta por uma revolução, por um governo operário e socialista.

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