Aconteceu na última quarta-feira, dia 25, em São Paulo, a Marcha das Mulheres Negras.
25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela. A Marcha teve como lema “Por nós, por todas nós e pelo Bem Viver” e caminhou pelas ruas do centro da capital paulista.
O movimento de um setor que está na base da pirâmide social, a Marcha das Mulheres Negras, denunciou principalmente dois aspectos da política da burguesia que afeta diretamente essa população: a legalização do aborto cuja principais vítimas mortais são justamente as mulheres negras e pobres; o genocídio da população negra vinculada à chamada “guerra às drogas” que encarcera centenas de milhares de pessoas no Brasil, sendo a imensa maioria negra.
Recentemente alguns casos confirmaram a gravidade desses temas: foram mortes de mulheres e crianças, destruição de famílias inteiras nas comunidades pobres e favelas cariocas, o que aumentou após a intervenção militar colocada em prática pelo golpe de Estado, como é o drama de Bruna, a mãe do menino Marcos Vinícius assassinado pela polícia enquanto ia para a escolar.
Outros temas que precisariam ser incluídos nessa luta que também afetam diretamente as mulheres negras, é o problema de moradia, creches e, claro, o Golpe de Estado que está diretamente relacionando com tudo isso; o avanço da extrema-direita no país que tende a piorar ainda mais todos esses problemas.
É preciso que esses movimentos específicos engrossem a luta contra o golpe e pela liberdade de Lula, que são o tema central da atual etapa política nacional.