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Frente com o imperialismo

POR Boliviano e a política de capitulação diante do golpe

O POR boliviano apresenta uma politica extremamente equivoca e míope da situação política da Bolívia, fazendo frente com a extrema direita que organizou o golpe contra Evo Morales

Diante do golpe realizado pela direita contra o governo de Evo Morales, o Partido Operário Revolucionário (POR) da Bolívia, um partido da extrema-esquerda, simplesmente se posicionou juntamente com os golpistas.

A declaração do POR boliviano publicada no dia 16 de novembro demonstra a total confusão política diante da situação política orquestrada pela direita e de alinhamento com o imperialismo para atacar a esquerda nacionalista comandada por Evo Morales.

Uma primeira afirmação do POR é que “o contingente das massas, que durante 23 dias saíram às ruas e bloquearam parte do país, não abarcou a maioria oprimida.” E ainda “o POR foi obrigado a intervir no seio da rebelião contra o governo Evo”.

Apontam que as manifestações surgiram após “Um apagão interrompeu a apuração por quase um dia. Na retomada, Evo tinha 46,8% e seu opositor, 36,7%. Não precisava que a OEA, instrumento do imperialismo, constatasse a fraude, para que a população a reconhecesse. Motivo que desencadeou o movimento nacional pela derrubada de Evo.”

Os dirigentes do POR dizem que as manifestações contra Evo Morales foram espontâneas fruto do descontentamento da população com o governo, a suposta fraude eleitoral e a nova possibilidade de mais um mandato para Morales.

Um primeiro ponto a discutir é que as manifestações eram organizadas pela direita e a classe média fascista contra o governo de Morales. O contingente de “massas” que saíram as ruas segundo o POR foram a direita formada por setores da classe média fascista presente na Bolívia. Não os trabalhadores e os indígenas explorados. A própria declaração do POR se contradiz ao dizer que as manifestações contra o governo Morales “não abarcou a maioria oprimida.”

Assim como no Brasil, os manifestantes contra o governo do PT e que pediam o impeachment de Dilma Roussef não faziam parte da população explorada e minimamente da classe operária brasileira, os manifestantes bolivianos eram de setores da classe média estimulada pela direita golpista e fascista da Bolívia. Os dirigentes do POR simplesmente se negam a observar a movimentação da direita golpista em toda a América Latina. Tanto foi assim que a mesma situação apareceu em outros países, como a Venezuela, Honduras, Equador, Paraguai entre outros.

Evo Morales e seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) ganharam de maneira esmagadora as eleições e a direita se organizou para questionar o resultado e se aproveitou de uma situação que pode ter sido criada pela própria direita para obter mais “elementos” suspeitos nas eleições. A afirmação que a população “reconheceu a fraude” é de uma análise extremamente infantil, tanto que a resposta da população ao golpe demonstrou isso. Pois está havendo um levante da população em apoio a Morales, onde a direita somente consegue resistir porque está usando as forças de repressão da polícia e dos militares.

Outro ponto absurdo mostra que o POR participou ativamente das manifestações organizadas pela direita fascista e imperialista para derrubar o governo eleito pelos trabalhadores bolivianos quando dizem que “o POR foi obrigado a intervir no seio da rebelião contra o governo Evo”

Os argumentos apresentados pelo POR são simplesmente os mesmos apresentados pelo imperialismo que participou ativamente do golpe. O POR revela uma profunda miopia política e que não consegue intervir na situação de golpe e avanço da direita. Apresentam a palavra de ordem “NEM EVO, NEM MESA, NEM O FASCISTA CAMACHO!”, ou seja, nenhuma política baseada na luta contra os golpistas. É a mesma política capituladora de setores da esquerda de diversos países diante do golpe orquestrado pelo imperialismo.

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