Um homem negro foi assassinado por motivo fútil, banal por um policial Militar em Olímpia, interior de São Paulo, na terça-feira (17). O crime revoltou a população local. Everson Luiz Nunes Pereira, de 38 anos, foi morto após esbarrar e derrubar cerveja em um PM de folga em uma “balada” na cidade.
O assassino trabalha na capital do Estado, mas estava de folga na cidade. Carlos Henrique Nunes Pereira, irmão da vítima e testemunha ocular, afirmou que o policial estava bêbado, seu irmão esbarrou nele sem intenção, pediu desculpas, mas o PM à paisana, não aceitou, quis revidar de forma agressiva, foi empurrado, um movimento para defender-se, por um outro rapaz que estava ao lado, o PM bêbado caiu no chão ao levantar-se sacou a arma e executou a sangue frio Everson.
O assassino, de nome António Carlos Torres, registrou boletim de ocorrência com uma história completamente inventada, disse ter-se apresentado ao segurança da casa como PM, e já dentro do recinto, ele e sua esposa que o acompanhava, começaram a ser agredidos por um grupo, quando souberam que ele era policial, o grupo também jogou cerveja no casal, e por isso matou Everson. O PM teve sua arma apreendida, mas está livre e continua trabalhando.
Essa não é a primeira vez que policiais de folga executam cidadãos por motivos fúteis ou absolutamente sem motivo algum, inúmeros casos aparecem na imprensa capitalista, um número talvez maior não vem a público. Em uma sociedade de classe todas as instituições e todos os aspectos da vida social são regidas pela luta entre as classes sociais. A PM é o braço armado da classe dominante, da burguesia golpista para controlar, pela violência contra os explorados, a vida social do país em favor dos poderosos, é uma instituição fundamental para os capitalistas, concentrando nela, mas não a apenas, o “monopólio da violência”.
O Policial individual, pelas características de sua “função” age fora da instituição, como age dentro dela, ou seja, como um ditador que decide a sorte de população pobre e negra que encontra. Dentro da instituição cumpre uma função para a burguesia, fora dela mostra a sua bestialidade, pela qual aliás foi escolhido para ser PM.
Pela demagogia querem incutir a ideologia de que a PM seria uma instituição neutra, sem viés político e por isso pode elevar-se acima do povo para impor a lei e a ordem, armando-se para combater os “bandidos”. Um verdadeiro absurdo, a PM como ficou demonstrado é uma organização de bandoleiros, assassinos, fascistas etc. a serviço da classe dominante.
A barbárie policial, que é cometida diariamente e que se revela neste caso, mostra bem a quem serve a proibição do direito democrático do armamento geral da população. É preciso defender o armamento do povo, necessário para que faça frente a esta organização assassina no sentido de eliminá-la, bem como para oferecer a possibilidade de resistência ao povo contra as arbitrariedades do regime político dominado pelos capitalistas.