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Dominação da extrema-direita

Direita no controle do parlamento na Polônia, mas eleição é polarizada

O PiS, partido Lei e Justiça, obteve um excelente resultado nas eleições de domingo, a esquerda, por outro lado, chegou pela primeira vez em anos ao parlamento polonês

Após as eleições polonesas do último domingo (13), houve um pequeno avanço da esquerda no parlamento, mas ainda predomina a direita na câmara dos deputados e no Senado. O partido que que elegeu o presidente e o primeira ministro da Polônia é o Lei e Justiça (PiS), também é o partido que tem maioria na câmara baixa e alta.

O PiS é o partido da extrema-direita polonesa, cujo a composição se assemelha, em certa medida, ao PSL brasileiro. Um partido com elementos mais raivosos, e outros que aproveitaram a polarização para surfar na onda desses fascistas mais descontrolados. O partido foi rechaçado pela imprensa internacional por declarações homofóbicas de alguns membros do partido. Também está envolvido em polêmicas com o judiciário polonês e por usar os canais de comunicações públicos para fazer propaganda pró-governo.

O retorno da esquerda ao parlamento polonês para alguns foi uma grande conquista, mas diante a polarização do país deve ser interpretado como um avanço demasiado medíocre. A direita ganhou 410 assentos no parlamento de 460, sendo que 235 assentos só para o PiS, e 134 para a Coalizão Cívica (KO), o centrão polonês, 30 para Coalizão Polonesa (PSL + Kukiz’15), a bancada agrária e abertamente e antissistema, e por último 11 assentos para a Confederação, extrema-direita autodeclarada como ultranacionalista. A esquerda ficou somente com 49 assentos, assumidos pelo partido Lewica.

No senado a situação foi apenas um pouco diferente, sendo menos favorável para o PiS, porém com maioria de direita, e a esquerda, ao invés de ficar em terceiro, ficou em quarto. Lei e Justiça obteve 48 assentos, a Coalizão Cívica (KO) 43 assentos, a Coalizão Polonesa (PSL + Kukiz’15) 3 assentos, o Lewica 2 assentos, restando 4 para os independentes.

Embora o PiS não tenha conseguido a maioria que precisava na câmara e muito menos no senado, o panorama traçado é um onde a direita domina totalmente a política polonesa, e o PiS, mesmo sem a maioria que “merecia” (segundo o líder do partido Jaroslaw Kaczynski), é indubitavelmente a maior força do país.

Com o presidente eleito, Andrzej Duda, assim como o primeiro ministro, Mateusz Jakub, uma dominação na Câmara e no Senado, o PiS mostra dominar totalmente a instituições poloneses. A esquerda deverá tomar as ruas para conter esse avanço, domingo foi a prova que nada mais podem esperar das eleições, que revelaram a polarização política uma vez que fazia tempo que a própria esquerda não ganhava cargos legislativos.

 

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