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Golpistas espalham a morte

Política neoliberal de Moreno transforma Equador em cemitério gigante

A política do traidor Lenin Moreno está conduzindo o povo equatoriano à morte, com corpos sendo jogados nas ruas das cidades

Em outubro de 2019, o Equador foi o epicentro de gigantescos protestos populares na América Latina, que rapidamente se expandiram para outros países do continente, como Chile, Bolívia, Uruguai, Haiti e outros. Acuado pelas massivas jornadas de luta dos trabalhadores e das massas populares, que diariamente ocupavam as ruas da capital equatoriana, Quito, o governo direitista do reacionário Lenin Moreno bateu em retirada, transferindo o centro administrativo do País para a cidade de Guayaquil, a segunda mais importante do Equador.

Nesta mesma cidade (Guayaquil), neste momento, o cenário que se apresenta não é de protesto ou qualquer ouro evento, mas algo horripilante, macabro, cenas de filme terror traduzidas em pura realidade, o exato oposto de uma ficção. As ruas da importante cidade equatoriana estão ocupadas por cadáveres, corpos de seres humanos mortos, vítimas da COVID-19, a doença provocada pelo coronavírus. Há relatos que dão conta da permanência de corpos nas ruas por 72 horas, sem que haja qualquer intervenção do Estado, das autoridades sanitárias do País para recolhê-los.

Dados oficiais (obviamente subnotificados) registram oficialmente 2.302 casos confirmados e 79 mortes de Covid-19. No entanto, “as ruas de cidades como Guayaquil revelam que os números ultrapassam os anunciados, em cenário de terror de um país latino-americano que mostra ter perdido a guerra contra o coronavírus” (Portal GGN, 01/04). Já houve casos em que os familiares tiveram que aguardar por até cinco dias para que as os corpos fossem retirados das ruas. Somente na última semana de março, Guayaquil recolheu 300 corpos que estavam nas ruas da cidade. Uma barbárie completa e total.

Como vem ocorrendo em quase todos os países do continente, submetidos à política de ataques do grande capital e do imperialismo, o Equador vem sendo submetido a um duro programa de cortes e restrições orçamentárias aos serviços públicos, onde a saúde e outras necessidades básicas da população foram simplesmente liquidadas, com os recursos sendo transferidos para os grandes grupos privados, controlados pela grandes corporações capitalistas. “De acordo com a Organização Sindical Nacional Única dos Trabalhadores do Ministério da Saúde Pública (Osuntramsa), em 2019, como parte do Plano de Prosperidade 2018-2021 e do Plano de Otimização da Função Executiva, mais de 2.500 trabalhadores do setor de saúde foram demitidos” (Sputnik, 31/03). 

Os protestos do ano passado no País andino foram motivados pela escandalosa situação de miséria social e pobreza das massas populares, esmagadas pela política de destruição do seus direitos e conquistas, perpetradas pelo governo pró-imperialista de Lenin Moreno, que golpeou seu antecessor, Rafael Correa (de quem era vice), se prostrando aos ditames da Casa Branca.

O resultado desta política é o que se vê hoje nas ruas do País, onde os cadáveres se amontoam às dezenas. A saúde pública do Equador está liquidada, colapsada, onde há relatos de pacientes em tratamento dividindo o mesmo corredor com corpos que estão ficando ali mesmo, nas unidades hospitalares, à espera de remoção para os cemitérios.

A crise sanitária desencadeada pela epidemia do vírus coloca o Brasil em uma situação que não é muito diferente dos nossos vizinhos de continente. As condições sanitárias do País, agravadas pela enorme miséria social existente nas grandes cidades brasileiras, que também estão com seus sistemas de saúde liquidados pela política de ataques e destruição, onde os recursos que deveriam ser aplicados na saúde pública, na contratação de profissionais, médicos, enfermeiros e outros, são drenados para os planos privados controlados pelas máfias capitalistas que lucram com a doença, a pobreza e o desespero da população explorada e desassistida.

Em todos os países do continente, assolados pela crise econômica e agora pela veloz disseminação da epidemia mundial, as massas populares devem intervir no cenário de crise com uma política própria, um programa que contemple a luta por seus interesses próprios, imediatos, que supere a política de colaboração de classes com a burguesia e todas as suas variáveis, nacionalistas, social-democratas, reformistas, etc.

Não há outra alternativa, ou os corpos continuarão expostos e amontoados nas ruas das grandes cidades da América Latina.

 

 

 

 

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