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Política higienista

Política higienista do PSDB aprofunda crise social em SP

Uma operação limpeza da Prefeitura de São Paulo na Cracolândia, região central da cidade, na tarde da terça-feira (8), terminou em arrastões a motoristas e pedestres

Uma operação limpeza da Prefeitura de São Paulo na Cracolândia, região central da cidade, na tarde desta terça-feira (8), terminou em arrastões a motoristas e pedestres praticados por dependentes químicos revoltados com a ação do poder público. A ação assustou também moradores e comerciantes da região, que baixaram as portas.

De acordo com a Polícia Militar , nesta tarde, equipes da prefeitura foram realizar a limpeza usual da região, com o apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana), quando alguns dependentes químicos se revoltaram.

Na capital de São Paulo, governada por Bruno Covas (PSDB), o prefeito fascista ordenou o aumento da repressão aos usuários de drogas na Cracolândia, onde houve aumento de 40% no número de presos apontados por policiais como traficantes na Cracolândia, no Centro da capital paulista, conhecida pela venda e consumo de drogas no meio da rua. As repressões visam pelo meio das prisões e da brutal violência policial expulsar essa população pobre e excluída das ruas do centro de São Paulo.

O aumento das prisões por uso de drogas, como é exemplo a Cracolândia é o aprofundamento das chacinas que vem ocorrendo nas prisões brasileiras, onde os dados sobre mortes pela Covid no sistema carcerário estão sendo totalmente maquiadas. Um número ínfimo de apenas 5 mil presos tiveram a possibilidade de sair da prisão e cumprir pena em domicílio.

De acordo com números do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) indicam que 101 presos já morreram por causa da covid-19 nas prisões brasileiras. Foram detectados 18.521 casos da doença entre os 773 mil presidiários do País, sendo que 17.109 detentos estão recuperados, segundo o departamento. Tais números brincam com a consciência das pessoas, pois se na sociedade o percentual médio de mortos, frente ao total de contaminados é de 3%, como pode ser que nas prisões, onde vivem abarrotados, muitas vezes mais de 20 presos por cela, que o número de mortes seria de menos de 1% do total de contaminados. E ainda, há mais mortes entre os funcionários da repressão do que entre os presos. Dados da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária declaram que em São Paulo morreram 27 funcionários do sistema prisional, enquanto entre os presos foram 24 os mortos.

Em que pese a luta da esquerda e de movimentos sociais nos últimos anos para a descriminalização, legalização e prevenção de drogas, a direita vem impondo a sua política de apoio ao imperialismo no que diz respeito a questão das drogas, recolocando em perspectiva a velha política americana de continuidade à manutenção da repressão, tanto do usuário quanto do traficante.

Os golpistas, como Bolsonaro, Doria e Covas estão implementando uma política nazista que intensifica brutalmente os ataques aos trabalhadores com sucateamento da educação, da saúde (mesmo em meio há 140 mil mortos) e do emprego. O golpe de Estado foi dado para isso, para piorar a já ruim condição de vida da população trabalhadora e assim correspondentemente se amplia e intensifica o problema das drogas, da repressão e da superlotação dois presídios, por milhares de pessoas que deveriam estar livres.

Sendo assim o problema das drogas, serve como justificativa para o aumento da repressão higienista, não só aos viciados, que são em grande medida produto do abandono do estado, mas repressão à população pobre e trabalhadora em geral.

É toda essa lei de “tráfico de drogas” que sustenta os campos de extermínio que são os presídios brasileiros.

Não é essa política nazista que vai de Bolsonaro à Covas, passando por uma dúzia de outros governadores da direita fascista  que vai resolver o problema, não vai adiantar mandar a polícia de um lado para o outro matar e prender um monte de gente, pois o centro organizador do crime são as drogas e elas são um excelente negócio. Por mais que se persiga isso, não só, não vai diminuir como vai aumentar por causa dos altos lucros. Numa sociedade sem perspectiva, a droga é uma saída para muita gente.

Então é preciso dizer claramente que não é a repressão que vai resolver nada, e que é preciso mudar a situação social da população com o combate ao desemprego assim como tem que legalizar as drogas, atacando no cerne do problema, que é o mercado subterrâneo das drogas.

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