O ataque dos golpistas à indústria nacional está atingindo em cheio a Petrobrás. Sob o pretexto de se combater a corrupção na direção da empresa, os golpistas utilizaram da Operação Lava Jato para pôr abaixo uma das maiores empresas brasileiras. Longe de resolver qualquer problema relacionado à corrupção, o que vimos nos últimos anos foi a Petrobrás ser literalmente destruída, com a entrega dos campos de produção do pré-sal para os monopólios estrangeiros, a diminuição da produção nas refinarias, a demissão de milhares de trabalhadores com a paralisação das obras em vários estados do País etc.
Em reunião com a direção da empresa na última quinta-feira, dia 6, representantes dos trabalhadores ligados à Federação Única dos Petroleiros, a FUP, denunciaram as péssimas condições de trabalho. Somente nesse segundo semestre, duas refinarias passaram por graves “acidentes”.
No dia 26 de novembro, um petroleiro perdeu a vida após um guindaste desabar sobre seu corpo enquanto trabalhava. Sandro Ferreira da Silva, de 43 anos, trabalhava na plataforma PNA-2, na Bacia de Campos. O guindaste que estava operando nem deveria estar em utilização, uma vez que desde a década de 1990 tinha orientações para ser substituído.
Neste ano, foram quatro óbitos de petroleiros. No dia 6 de agosto aconteceu um vazamento de ácido súfurico na Regap em Minas Gerais deixando um petroleiro ferido. No dia 20 de agosto uma explosão na Replan e, mais recente, um incêndio na Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco no dia 4 de dezembro, somam-se a essa série de “acidentes”, os quais são indícios de que uma “tragédia anunciada” está para ocorrer, como afirmaram os petroleiros.
Estes “acidentes” são de total responsabilidade da direção da empresa e da política golpista que vêm sucateando a Petrobrás, abrindo caminho para sua completa privatização. De acordo com os petroleiros, os serviços de manutenção não estão ocorrendo na periodicidade indicada, isso sem falar no corte de investimentos em vários setores.
Os petroleiros denunciaram também o chamado Sistema de Consequências, o qual, joga as responsabilidades pelos acidentes nas costas dos trabalhadores, blindando a direção da empresa.
A luta em defesa da Petrobrás, contra sua privatização, é parte da luta contra o golpe de estado, contra o presidente ilegitimo Jair Bolsonaro, capacho do imperialismo, das petroleiras norte-americanas.
É preciso organizar comitês de luta contra o golpe no interior da empresa, levantar o Fora Bolsonaro e todos os golpistas, além da defesa restatização da Petrobrás e o controle operário da empresa.