Da redação: o governo fascista de Bolsonaro levando (com todas as suas contradições) uma política de destruição das organizações populares, dos trabalhadores (como sindicatos) mostra que quer a destruição de outras organizações: as dos estudantes. Está querendo destruir a União Nacional dos Estudantes (UNE) retirando uma forma de arrecadar dinheiro para suas atividades: a carteirinha estudantil.
O governo Bolsonaro quer prescindir da UNE, da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) e da UBES (União Nacional dos Estudantes Secundaristas). Na verdade, ele quer destruir a influência e poder de mobilização que os estudantes podem ter agindo através dessas entidades.
A destruição dos órgãos estudantis faz parte do “Pacote dos 100 dias de governo”. Pode ser chamado de “melhor tentativa de acabar com o povo brasileiro em 100 dias”.
Dias Toffoli, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal, ainda em 2015, colocou que as entidades estudantis, em âmbito municipal e estadual, podem fazer a carteirinha sem passar pelas entidades que tem um histórico de luta, mesmo que limitada, por e pelos estudantes.
O governo Bolsonaro, como em muitos outros aspectos, aprofunda a política neoliberal levada a meio-termo pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. No último ano de seu mandato, FCH tentou desarticular a UNE. Assim como destruir a Petrobrás, a Eletropaulo, a Vale do Rio Doce, Bolsonaro age muito mais agressivamente, com o apoio de toda a direita, para acabar com os direitos estudantis e suas formas de se defender e mobilizar.
A UNE é uma entidade historicamente importante para os estudantes e deve ser defendida contra o ataque da política da extrema-direita.