A cada dia que passa são registrados casos em que a polícia, direta ou indiretamente, agride o povo, seja em manifestações políticas e pacíficas, como as vistas em Brasília na última semana, seja nos bairros operários, nas comunidades pobres, como foi o caso da prisão de quase 160 pessoas no final de semana do dia sete de abril, no Rio de Janeiro.
Além desses casos, temos a tortura e a execução de militantes e trabalhadores, registradas quase diariamente, especialmente após o golpe de Estado. E os casos de ataques diretos, como os tiros disparados contra o acampamento em Curitiba (PT), que feriu duas pessoas, sendo que a própria caravana de Lula já havia sido alvejada por disparos, em crimes que nunca terão solução, pois são acobertados pelas forças de repressão oficiais.
Muitos setores da esquerda apelam para a necessidade de investigação dos casos, da punição dos envolvidos, até mesmo para que a própria polícia ofereça “proteção”, sendo que o ofício dela nunca foi esse. É neste ponto que deve entrar uma necessidade fundamental do movimento popular, dos trabalhadores, que é a dissolução da PM.
A dissolução dessa organização é um passo democrático para que se possa ter, de fato, alguma segurança. A PM e as outras forças de repressão são uma máquina de guerra contra a população, e, assim sendo, é preciso colocar a segurança pública diretamente sob o controle popular. O povo, os trabalhadores, tem total capacidade para prover sua própria segurança.