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Política de “resistência” impede unificação da luta com os petroleiros

Não basta lutar contra as medidas de Bolsonaro. É necessário a unidade dos explorados para lutar para derrubar Bolsonaro

A  suspensão da greve dos petroleiros, conforme anunciado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) é a consequência do equívoco da política da esquerda de “resistência”, que tem freado a forte tendência à mobilização que atinge não apenas os petroleiros, mas o conjunto das categorias, em particular todo o setor de estatais e empresas públicas.

Segundo a FUP, trata-se de uma suspensão provisória, para que a comissão de negociação possa participar da reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho, nesta sexta-feira (21). A entidade afirma, ainda, que a greve será retomada caso não haja avanços na negociação.

Apesar do crescimento crescente da greve nesses 20 dias de paralisação, o problema central consistiu justamente no seu isolamento. E esse isolamento está ditado não por conta de que as reivindicações dos petroleiros tenham especificidades que digam respeito apenas à categoria, mas como decorrência de uma política da esquerda que se perdurar irá se transformará num beco sem saída para o conjunto dos explorados do País.

A política de “resistência”  parte da suposição de que o governo Bolsonaro seria um governo forte, com apoio popular e daí resulta que deve combater cada um dos ataques de Bolsonaro de forma isolada: educação, saúde, petroleiros, etc. Cada um com os seus “problemas”.  Ou seja, não existe uma política de unidade. Essa condição é por demais evidente quando vemos que o problema dos petroleiros – demissões, venda de refinarias e subsidiárias, privatização –  é a mesma política aplicada pelo governo fascista de Bolsonaro contra os bancários dos bancos públicos, dos eletricitários, dos trabalhadores da Dataprev e do Serpro, Correios, enfim do conjunto de estatais e empresas públicas, que estão em vias de liquidação pelo golpe de Estado e que promove uma rapinagem no País da dimensão ou até superior ao da primeira onda “neoliberal”, com o governo Fernando Henrique Cardoso.

Indo mais a fundo no problema, essa mesma condição pode ser expandida para o conjunto dos explorados do País. Não tem um segmento, um setor da população que não esteja sob o tacão da política destruidora de Bolsonaro: educação, saúde, desemprego, subemprego, sem-terra, juventude, indígenas. Nesse sentido, tratar as reivindicações e as lutas de um ponto de vista isolado, parcial é um erro colossal.

No tempo em que os petroleiros anunciam a suspensão de sua greve, o governo anuncia, por outro lado, que vai vender 8 das 13 refinarias ainda em 2020 e os trabalhadores da Fafen no Paraná, prestes a ser liquidada, ganharam apenas 15 dias de sobrevida no emprego. 

O que fica por demais evidente é que não há vitória na greve dos petroleiros. A tentativa de conciliação por parte do TST, do ministro Ives Gandra, um fascista da Opus Dei, não passa de uma encenação para fazer refluir o movimento e permitir ao governo retomar seu objetivo de destruir a Petrobras, colocado em xeque por uma greve que vinha em clara ascensão.

Ao contrário da política de “resistência”, a única perspectiva política progressista é a busca pela unidade dos explorados contra o governo e nesse sentido, só pode haver uma única conclusão, que é a união para derrubar Bolsonaro. 

O que garante a existência do governo do golpe é justamente a política de “resistência”, que é miúda, isolada. Não basta luta contra as medidas de Bolsonaro,mas derrubar o governo Bolsonaro. A expansão da greve dos petroleiros para outras categorias e a unidade pelo Fora Bolsonaro abrirá uma nova perspectiva para todos os explorados, sem exceção, no caminho de alcançar suas reivindicações parciais. 

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