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Política de golpes dos EUA: 42 milhões com fome na América Latina

Relatório divulgado na última segunda-feira (15) pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que 42,5 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe passaram fome associada à subnutrição em 2018. Esse número equivale a 6,5% da população do continente, conforme a pesquisa, que analisou o estado da segurança alimentar em todo o mundo.

O diretor-adjunto de Economia do Desenvolvimento Agrícola da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Marco Sánchez Cantillo, declarou à agência de notícias espanhola EFE que “a tendência a implementar programas sociais, que vinham incidindo na redução da fome há até três anos, foi altamente afetada”.

Por sua vez, o Representante Regional da FAO, Julio Berdegué, disse que “durante os primeiros 15 anos deste século, a América Latina e o Caribe cortaram a subnutrição pela metade. Mas, desde 2014, a fome vêm aumentando”.

Isto é, os próprios representantes do órgão da ONU reconhecem que o que está causando o aumento da fome no continente são os governos neoliberais e entreguistas impostos pelo imperialismo por meio de golpes de Estado, que derrubaram, em muitos países, governos nacionalistas de esquerda.

Porque esse período de crescimento da fome coincide exatamente com o início da operação golpista que o imperialismo monta na América Latina. Na primeira década e início da segunda década deste século, diversos governos de esquerda surgiram na região, motivados pela intensa crise dos regimes neoliberais que levaram a grande mobilizações populares e até mesmo a revoluções – como ocorreu na Bolívia.

Graças à pressão popular, esses governos conseguiram chegar ao poder e sustentar minimamente uma política de distribuição da riqueza por meio de programas sociais. No entanto, com a crise capitalista que se acentuou em 2008, o imperialismo – especialmente o norte-americano, que domina a região – decidiu levar a cabo uma política de golpes de Estado para derrubar esses governos, pela força, a fim de garantir o saque dos recursos nacionais desses países para os monopólios capitalistas.

Assim, levou ao poder regimes completamente capachos que destroem as economias nacionais, privatizando empresas, cortando os direitos mais democráticos do povo e reprimindo a população, para assegurar que as riquezas cheguem aos bolsos dos monopólios. Implementa-se, atualmente, uma política neoliberal que, como tal, tem levado a fome e a miséria para todos os países onde a direita se apossou do poder. Esse é o caso do Brasil de Bolsonaro, da Argentina de Macri, do Equador de Moreno, do Paraguai de Abdo Benítez, da Honduras de Juan Orlando Hernández e muitos outros.

“O declínio do PIB e o aumento do desemprego resultaram em menores rendimentos para as famílias. Após vários anos de reduções acentuadas na pobreza, o número de pessoas pobres subiu de 166 milhões para 175 milhões entre 2013 e 2015, aumentando de 28,1% para 29,2% da população”, aponta a nota divulgada pela FAO.

Mesmo nos poucos países cujos governos de esquerda conseguiram resistir, a política imperialista fez seu estrago. É o que ocorre na Venezuela, onde Maduro se sustenta graças ao gigantesco apoio popular, mas o bloqueio econômico, a sabotagem interna e as constantes desestabilizações políticas causadas pelos ataques da direita golpista geraram uma forte crise econômica e social, que só não é maior devido à manutenção dos programas sociais voltados aos pobres – por exemplo, 75% do orçamento do Estado venezuelano para 2019 é dirigido para políticas sociais.

Por isso há a necessidade imediata de levante dos povos latino-americanos contra os regimes golpistas. E é o que está ocorrendo na maioria desses países. Os governos neoliberais, devido a sua política de completa asfixia e exploração do povo, não conseguem se sustentar por muito tempo de maneira estável e, inevitavelmente, os povos se revoltam para derrubar esses governos. O papel da esquerda latino-americana é se unir e organizar politicamente essa revolta para derrubar os governos golpistas, expulsar o imperialismo no continente e colocar no poder um governo dos trabalhadores.

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