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Política genocida

Política de Doria para as escolas é o “saia de casa”

A propaganda demagógica do "fique em casa" foi substituída pelo "saia de casa" para as escolas

Quem não se lembra do início da pandemia do coronavírus, há um ano, quando os primeiros casos oficiais de infectados e mortes começavam a aparecer? Naquele momento, a direita golpista, principalmente à frente dos governos estaduais, junto com a imprensa golpista, adotou um política de aparência, defendendo o isolamento social e fazendo uma campanha do “fique em casa”. A esquerda pequeno-burguesa, que desde o início se recusa a adotar um política independente, embarcou na campanha da direita, repetindo o “fique em casa”.

A grande questão dessa campanha era a de que ela nunca passou de mera demagogia e propaganda eleitoral de um setor da direita que queria aparecer como combatente da pandemia embora nunca tenha feito nada. A campanha do “fique em casa” era voltada à classe média, enquanto que os transportes público continuava funcionando, as fábricas, serviços de limpeza, construção civil, Correios, entregadores, atendentes de supermercados, tudo funcionando normalmente.

Não demorou muito para que a farsa viesse à tona e logo antes das eleições, até mesmo a campanha do “fique em casa” foi abandonada. A esquerda, sempre a reboque da direita que ela chamava de “científica”, seguiu essa mudança de rumo.

Essa breve recapitulação do que aconteceu durante a pandemia é importante para entender o que acontece agora. Diferente das primeiras mortes do início da pandemia, o Brasil hoje é o epicentro da doença e já se aproxima dos 300 mil mortos oficialmente.

E é nesse cenário de catástrofe que os governos na prática abandonaram totalmente uma política séria de isolamento social. O discurso do isolamento continua, embora mais fraco, já que todos já perceberam que se trata de uma enorme farsa.

Agora, o governador “científico” João Doria ensaia novamente um isolamento, colocando o estado na fase vermelha. Contudo, muito mais do que no início da pandemia, a campanha de Doria é ainda mais farsesca.

Exemplo disso é a abertura das escolas. Mesmo diante da fase vermelha, Doria fez questão de dizer que as “escolas continuarão abertas”. Isso, mesmo com mais de 100 mortes relacionadas à volta às aulas e a greve dos professores, que de maneira correta luta contra essa política genocida.

João Doria mostra que, para as escolas, ou seja, no que diz respeito aos professores, estudantes, funcionários e familiares, a política não é “fique em casa”, mas o “saia de casa”.

É uma política que segue exatamente os ditames dos capitalistas que exigem que as escolas voltem a funcionar para que, na linguagem deles, a economia volte a se movimentar.

A desculpa oficial para a volta às aulas no momento em que o Estado está na fase vermelha é a de que os estudantes não podem mais ficar sem aulas. Uma justificativa cínica dessa direita que até agora não fez nada contra a pandemia e que nunca se preocupou com a educação dos alunos. A prova de que o único motivo para a volta às aulas é econômico é que o ensino presencial deve acontecer numa média de seis semanas. Dizendo claramente, o sistema de rodízio prevê que o estudante vá a cada seis semanas para a aula, ou seja, do ponto de vista da qualidade do ensino não há nada a acrescentar. Nesse ritmo o aluno terá oito semanas de aula no ano. A única intenção do governo é forçar os estudantes a irem às aulas, pois isso favorece os capitalistas que querem movimentar a economia.

Se realmente houvesse alguma preocupação com os estudos desses alunos, bastaria que o governo disponibilizasse vacinas para todos: professores, alunos e familiares. Essa é a única receita aceitável para combater a pandemia e pode retomar as atividades econômicas.

Por trás da fase vermelha, do isolamento social da madrugada está a ausência de uma política de combate a pandemia: testes em massa, vacinação, leitos de UTI e equipamentos. Por trás da política do “fique em casa” está a política do saia de casa para as aulas, o transporte público, o trabalho.

Doria, Bolsonaro e os golpistas de todas as estirpes são igualmente responsáveis pela catástrofe que vive o Brasil hoje.

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