Limoeiro, cidade do Agreste Pernambucano, foi, até agora, o município com um dos maiores níveis de precipitação registrados no estado.
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) aponta que, até às 19h desta terça-feira (dia 05/02), choveu 49 milímetros na cidade. Com a forte chuva, várias ruas ficaram alagadas, além de terem havido diversos outros transtornos.
E esses transtornos, infelizmente, ainda costumam ocorrer com frequência em várias cidades e regiões pelo Brasil afora, principalmente no verão. Não é raro acontecer tragédias nesse período do ano, como os deslizamentos em encostas, o afogamento de pessoas que são levadas pela água devido ao transbordamento de rios, a morte de pessoas soterradas, etc.
Tudo isso é resultado da política historicamente criminosa e parasitária da direita, inclusive antes dos governos do PT, e depois deles, quando deram o Golpe.
O que acontece é que, com a ausência do Estado, que deveria investir massivamente na área habitacional e, mesmo se for necessário, garantir moradias gratuitas ou pelo menos à preços populares para a população de baixa renda, essa mesma população pobre acaba tendo que improvisar meios para se ter uma moradia. O resultado disso é o surgimento das favelas no entorno dos bairros mais prestigiados e ao redor das grandes cidades, que sofrem com serviços de luz, água e esgoto de péssima qualidade. Essa situação também faz com que muitas famílias construam suas casas em morros, perto de córregos e em locais onde a natureza deveria ser preservada. Sem opção, elas se mantêm nessas moradias, mesmo correndo o risco de deslizamentos, enchentes e soterramentos.
Só que, até mesmo no “asfalto”, isto é, nas grandes cidades, o problema de infraestrutura persiste. Pois até mesmo nesses locais, com as fortes chuvas, ruas, avenidas e estradas sofrem com os alagamentos, entupimento de bueiros, quedas de postes, etc. Isso decorre da falta de assistência efetiva do serviço público, na área de urbanização e infraestrutura. E se esse problema acontece em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, quanto mais em cidades pequenas e em cantos mais remotos do país, como o Norte e o Nordeste.
A solução para essa questão, de cunho habitacional e estrutural, só é possível plenamente com a tomada do poder pela classe operária, pelo conquista dos meios de produção pelo proletariado. É necessária a expropriação da classe dominante (a burguesia): uma verdadeira parasita, que suga o suor do trabalhador, fazendo com que ele tenha pouca perspectiva de sair de uma condição de miséria e desassistência profunda. É necessário o fim da especulação imobiliária e o fim da especulação em torno das terras, que garante o lucro de um punhado de capitalistas e donos de terras.
A solução para esse problema passa pela luta dos trabalhadores para garantir a eles o que lhes pertence, pois são eles que tudo produzem.