Doria extinguiu estatal que planejava ações contra enchentes
Desde 1983 não se teve tanta chuva em São Paulo. Nesta segunda (10), a região metropolitana de São Paulo sofreu com uma enchente recorde, foram as 24 horas mais chuvosas na capital paulista em 37 anos. Durante todo o dia, o Corpo de Bombeiros registrou 1.043 pontos de alagamento, com 193 desabamentos e 219 quedas de árvores.
A prefeitura de São Paulo e o governo do Estado, ambos controlados pelo PSDB, culparam a “chuva excessiva” pelos transtornos. Não foi somente isso. Bruno Covas, poderia também assumir as próprias responsabilidades, e grande parte da culpa. Poderia ajoelhar-se, penitenciar-se, ajoelhar-se no milho e pedir perdão por aquilo que PSDB não fez. No entanto, a gestão do prefeito tucano, Bruno Covas, investiu em 2019 menos da metade da verba disponível para diagnóstico e prevenção de enchentes.
Outro dirigente do PSDB, João Doria, inicialmente prefeito da capital, e agora governador do estado, investiu apenas 60% do orçamento aprovado para prevenção de enchentes. Mais, o governo Doria, em maio de 2019, extinguiu três empresas estatais – entre elas a EMPLASA (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano). Uma das principais atribuições da EMPLASA era, justamente, o planejamento de ações de combate e prevenção às enchentes nos 39 municípios da Grande São Paulo – incluindo a elaboração de planos de ação para emergências.
Vai para Cuba, diziam os coxinhas
Chuvas, pode-se colocar na conta de São Pedro, mas a prevenção contra o efeitos da chuva, deve-se colocar na conta dos gestores, dos prefeitos, do governador de estado.
Furacão Katrina, de 2005, que provocou nos Estados Unidos 1836 mortos. Em Cuba, o mesmo furacão Katrina, não registrou qualquer morte.
Quando os furacões acontecem nos Estados Unidos, por exemplo, aparecem notícias em toda imprensa do mundo, e com grande estardalhaço. Cuba, que o mesmo furacão Katrina, que devastou os Estados Unidos, também passou por Cuba, e em Cuba nenhuma morte foi noticiada. Qual a diferença das atuações dos Estados Unidos, para prevenir contra furacões, e Cuba, para dos furacões prevenir-se?
Cuba, modelo em prevenção
Segundo a ONU, Cuba é exemplo na prevenção de riscos causados por furacões, assim abria reportagem do sítio terra, em 14/09/2004, um ano antes do furacão Katrina. O furacão Charley matou quatro pessoas em Cuba e 30 na Flórida, continuava a reportagem.
A “baixa taxa de mortalidade causada pelos furacões em Cuba, deve-se a educação e a prevenção”, dizia Salvano Briceno, diretor do Instituto para a Redução de Desastres da ONU. “Desde muito pequenos, os cubanos são treinados para saber como agir quando um furacão se aproximar da ilha, e recebem dois dias de treinamento por ano para reduzir os riscos, incluindo exercícios de simulação”, acrescentou Briceno.
”As instituições da ilha de Cuba, se mobilizam 48 horas antes do momento previsto para o furacão chegar ao continente, e tomam medidas imediatas, como evacuações maciças”. O sucesso de Cuba mostra que o que, às vezes falta são “programas concretos de ação e vontade política para implementá-los”, continuava funcionário da ONU.
Um ano antes do furacão Katrina, dizia a ONU, 04 morreram na pobre Cuba. No riquíssimo Estados Unidos que todo coxinha exalta, morreram 30 no mesmo furacão. No ano seguinte, Katrina passando por Cuba, nenhuma morte. Já no poderoso e rico Estados Unidos, 1836 mortes.
Os golpistas dirigentes do PSDB em São Paulo deveriam aceitar o jargão “Vão pra Cuba”. Quem sabe lá aprendessem as lições.