A esquerda pequeno-burguesa alinhada às pautas identitárias muito levanta a bandeira da “representatividade” assim como afirmam, que seria uma forma das minorias de se colocar dentro de diversos espaços, como a política. E isso serviria para mostrar a população que a mesma também pode ocupar esses lugares. Essa é uma política equivocada, uma vez que esses espaços que a pequena-burguesia reivindica, são espaços dominados pela burguesia e sua política antipopular.
Um exemplo muito prático disso está no caso do policial transsexual, que recentemente concedeu entrevista à imprensa burguesa, onde afirmava a importância de sua presença dentro da instituição, como um avanço para os LGBTs, que a partir de então a corporação estaria aberta aos novos tempos, e portanto mais democrática e a favor das minorias. Fato é, que isso não representa nada, o policial irá exercer a repressão contra a população da mesma forma, inclusive contra a comunidade LGBT.
Esse fato, não torna a PM mais tolerante, o mesmo é apenas mais um instrumento da corporação fascista para aplicar a repressão contra a população e reforçar o estado policial. Todo o histórico desse aparato repressor do estado, é o de coibir a população e atuar contrariamente a esse pensamento que esse setor afirma como representatividade. Acaba por ser uma política reacionária, uma vez que passa como a defesa do órgão repressor por apenas ter a presença de um indivíduo que compõe um setor oprimido.
A policia continuará exercendo sua função, assim como no período eleitoral, onde a extrema-direita se sentiu a vontade para promover ataques contra mulheres, LGBTs e demais setores minoritários da população com a chancela da corporação. Quando não era a mesma aplicando a repressão, não levava em consideração os casos denunciados. Portanto, é preciso ter claro, não devemos amparar nenhuma esperança na máquina de matar do estado, ou acreditar que a mesma terá um viés tolerante, é necessário pedir a dissolução da PM e organizar a segurança popular através do próprio povo.