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Estados Unidos

Policiais que deixaram Jacob Blake paraplégico voltam à ativa

Aparato de repressão disparou sete vezes contra jovem negro, despertando importantes protestos no estado de Wisconsin

No dia 20 de janeiro, dois policiais que haviam sido postos em licença administrativa após terem prendido e disparado o jovem negro Jacob Blake voltaram à ativa. Suas ações bárbaras foram consideradas sensatas e justificáveis, de acordo com a polícia, que resolveu reintegrar seus agentes ao trabalho normal.

Blake foi um dos tantos negros brutalmente atacados pelo aparato de repressão norte-americano no ano de 2020. Segundo testemunhas, Jacob Blake passava pelo local em seu carro, juntamente com seus três filhos, quando avistou uma briga envolvendo duas mulheres e parou o carro para apartá-la. Ao retornar para o veículo, foi alvejado. As três crianças presenciaram toda a cena.  Os dois policiais que saíram impunes auxiliaram um terceiro policial que atirou nada menos que sete vezes contra o jovem de 29 anos, dos quais quatro lhe acertaram. Incrivelmente, Jacob Blake não veio a óbito, mas terá de conviver com uma série de sequelas, incluindo a paraplegia.

Mesmo no hospital, Jacob Blake continuou sob os maus-tratos do Estado. Já depois de os médicos terem dito que ele não recuperaria a capacidade de andar, Blake teve de ficar algemado no hospital. Seu pai, corretamente, ficou indignado na época: “ele não pode ir a lugar nenhum. Por que vocês o algemaram na cama?!”.

O caso acabou gerando importantes protestos no estado de Wisconsin. Naquela época, os Estados Unidos viviam uma onda de protestos radicais do povo, em especial do povo negro, contra a polícia e o regime, que teve início com o assassinato do negro George Floyd.

Os policiais que voltaram à ativa foram identificados como Vincent Arenas e Brittany Meronek. Segundo o Departamento de Polícia de Kenosha, estavam afastados desde o dia 23 de agosto. Rusten Sheskey, o policial que disparou os sete tiros à queima-roupa em Blake, continua em licença administrativa. Mas não há qualquer motivo para acreditar que ele será punido. Na verdade, trata-se apenas de longas férias após ter cumprido o seu serviço de maneira “exemplar” para a burguesia racista que controla o regime político. Procuradores do estado de Wisconsin já disseram que nenhum policial ligado aos disparos enfrentaria acusações criminais. O procurador do condado de Kenosha, Michael Graveley, determinou que Sheskey agiu em legítima defesa, dizendo que Blake resistiu à prisão, estava armado com uma faca e recebeu vários disparos de uma arma de choque.

O caso aberrante demonstra o que é o regime político norte-americano. Um rapaz com três crianças e “armado” com uma faca — se assim for verdade — é tão ameaçador que deve ser combatido por três policias armados com armas de fogo e merece sofrer 7 tiros…pelas costas! Nem mesmo na tentativa de arranjar uma desculpa, o Estado consegue enganar alguém…

O que fica claro neste caso é que o regime político não irá mudar por meio da demagogia de Joe Biden ou de reformas no Congresso. É preciso intensificar a mobilização contra o regime, dissolver a Polícia e colocar abaixo todo o aparato repressivo.

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