No dia 7 de junho, o jornal golpista O Estadão, porta voz de um importante setor da burguesia paulista, publicou uma reportagem a respeito do avanço do bolsonarismo na polícia estadual, e deixou claro que isto é motivo de preocupação para o governador, João Dória (PSDB).
Segundo O Estadão, os atos bolsonaristas são marcados pela presença de inúmeras figuras da ativa e da reserva da policia paulista, bem como seus familiares, demonstrando uma tendência forte à política do fascista Jair Bolsonaro.
No mesmo dia em que a nota foi publicada, um cabo da PM paulista escreveu em uma rede social que gostaria de “cacetar a lombra” de manifestantes. Tal situação, obrigou o secretário executivo da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, declarar na imprensa burguesa não “compactuar com essas atitudes”.
O caso é apenas um efeito sintomático de toda política seguida pelo aparelho de repressão. Ao contrário do que diz o secretário Álvaro Batista, a polícia não só “compactua” com essas atitudes, como na realidade, é o principal órgão de repressão da burguesia brasileira, sendo este regido por uma política inteiramente fascista.
O cabo Lemos, responsável pela declaração em sua conta pessoa no Instagram, não é um caso isolado, mas sim apenas uma amostra aparente da forma com que pensa e age a organização. No Brasil, a PM é o principal organizador de milicias fascistas, é dentro dela que age a expressiva maioria dos grupos de extrema-direita agem.
Os exemplos são inúmeros. A PM é conhecida por seu caráter completamente genocida contra o povo pobre e trabalhador, sobretudo nas comunidades periféricas. O assassinato em massa, a perseguição política e a sua participação nos atos bolsonaristas são uma verdadeira comprovação de sua política.
O temor por parte do governador, também fascista, João Dória se dá pela influência política exercida pela organização. A polícia nas mãos de Bolsonaro é um risco até mesmo para setor regionais da direita brasileira, para quem controlar o aparato de repressão mostra-se cada vez mais fundamental em meio a crise.