Um destacamento de 7 homens da Polícia Militar, comandados pela 1ª tenente Caroline, tentou intimidar e impedir três militantes do Partido da Causa Operária de vender o Jornal da Causa Operária, distribuir adesivos Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula e conversar com a população neste sábado (13), às 13:30 na Praça Santa Cruz, centro da cidade.
Os militantes do PCO chegaram à praça às 12:30. Perceberam que um agrupamento de três policiais os seguia pelo centro. Ao irem para a frente da Câmara Municipal, os PMs foram e se postaram perto dos três militantes, em uma postura claramente intimidatória. Logo em seguida, os militantes voltaram para praça em frente à Igreja Santa Cruz e os policiais foram caminhando atrás deles, três em cada lado da rua.
Ao recomeçar o trabalho de vendas e distribuição de adesivos, chegou uma viatura e sete policiais se aproximaram e abordaram o militante mais jovem, que não por caso é negro. Os PMs alegavam que os militantes do PCO estavam em atitude suspeita, mas, ao serem questionados, se negavam a informar qual era a atitude que causava suspeita. Negavam-se a prestar qualquer esclarecimento sobre os motivos da abordagem policial. Uma criança aos prantos, que acompanhava seu irmão militante e brincava nas escadarias, entrou na Igreja Santa Cruz para buscar refúgio e se proteger da PM.
Ao fim, recolheram os dados dos militantes e disseram que os dados iriam para um relatório. Mais uma vez, negaram-se a prestar esclarecimentos sobre o que seria feito com os dados, qual seria o relatório e para quê.
A ação da Polícia Militar teve o intuito de intimidar os militantes do Partido da Causa Operária e impedi-los de realizar seu trabalho de propaganda e agitação política de rua contra o governo fascista de Jair Bolsonaro. Fica muito evidente que a PM é uma instituição a serviço da direita, dos bolsonaristas e dos fascistas. Configura-se uma gravíssima violação dos direitos democráticos de liberdade de expressão, manifestação e organização. Foi uma ação que escracha que estamos entrando numa ditadura militar, onde a Polícia Militar do Estado de São, internacionalmente denunciada por massacres e todos os tipos de violação de direitos, terá papel de vigiar, prender, violar e assassinar os militantes de esquerda, como acontecia na época de sua criação, a ditadura militar.
A Polícia Militar é uma máquina de guerra da direita e da burguesia contra a população pobre e as organizações operárias e populares. A única solução para parar os massacres e a repressão é sua imediata dissolução.