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Letalidade recorde

Polícia Militar: milícia fascista organizada com dinheiro público

Desde 2016, ano do golpe, letalidade policial deu um salto a cada ano, até chegar aos mais de 6,2 mil mortos de 2018, com perspectiva de um novo salto em 2019

O massacre de Paraisópolis, em São Paulo, domingo (1º) terminou com a morte de nove jovens em uma ação repressiva da PM. Esse foi o mais recente episódio a expressar a política brutal da direita contra a população pobre. Desde sempre a burguesia brasileira utiliza a polícia para levar adiante uma política de terror e execuções sistemáticas nas periferias. Desde o golpe de Estado que derrubou Dilma Rousseff, no entanto, a violência dessa política contra o povo está se intensificando. Nunca se matou tanto no Brasil por meio da polícia contra os trabalhadores pobres.

Antes de entrarmos nos números, registremos mais uma vez o nome das vítimas de domingo, jovens que tinham entre 14 e 23 anos: Gustavo Cruz Xavier, 14, Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16, Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16, Denys Henrique Quirino da Silva, 16, Luara Victoria Oliveira, 18, Gabriel Rogério de Moraes, 20, Eduardo da Silva, 21, Bruno Gabriel dos Santos, 22, e Mateus dos Santos Costa, 23. Esses nomes ainda não aparecem em todas as estatísticas que mencionaremos abaixo.

Para começar, a polícia está matando muito mais em São Paulo. Até agora já foram 697 mortes em São Paulo esse ano, número já supera os 686 do ano passado, com mais um mês inteiro pela frente. Esse crescimento corresponde à política do governo estadual sob o comando de João Doria, que antes mesmo de assumir o cargo disse que “a partir de 1º de janeiro” a polícia iria “atirar para matar”. Doria também prometeu que contrataria “os melhores advogados” para policiais que fossem acusados de matar suspeitos. Já durante esta semana, em que ocorreu o massacre, Doria afirmou que não mudará sua política de “segurança pública”.

A polícia de São Paulo está matando mais, e se depender de Doria matará muito mais ainda. As próprias estatísticas provavelmente subestimam os verdadeiros números da letalidade policial. No Rio de Janeiro, sob Wilson Witzel, a tendência é a mesma. Em 2019 a polícia carioca quebrou seus próprios recordes, e matou 1.546 pessoas em serviço. Também nesse caso o estímulo do governo é evidente, incluindo declarações espalhafatosas de Witzel, além de gravações em helicópteros atirando para baixo e da comemoração do assassinato de um sequestrador de ônibus por um atirador de elite.

Com o bolsonarismo a tendência à violência policial explodiu. Mas dados dos anos anteriores mostram que esse movimento já era forte desde o começo da campanha golpista que derrubou o governo em 2016. Em setembro o Fórum Brasileiro de Segurança Público divulgou que, durante 2018, as polícias civis e militares, em serviço ou de folga, mataram 6.220 pessoas. Mas logo a partir de 2016 esse número disparou, coincidindo com as campanhas de extrema-direita dos golpistas. Naquele ano, o número de assassinados pela polícia saltou de 3.330 em 2015 para 4.240. A tendência continuou nos seguintes, indo para 5.179 em 2017, até chegar à catástrofe de 2018, que certamente será menor do que a desse ano, quando esse número for divulgado.

A constância desse crescimento é mais uma demonstração de que se trata de uma política da extrema-direita esmagar a população, ampliando ainda mais um extermínio que já tinha proporções alarmantes. Portanto, combater o bolsonarismo, para os trabalhadores, é uma questão de defender a própria vida e a vida de seus familiares e vizinhos. A direita está exterminando os pobres, é necessário se mobilizar para impedi-los de continuar. E por isso esse governo precisa terminar o quanto antes. É hora de ir às ruas levantar o Fora Bolsonaro!

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