Segundo reportagem publicada em 11/05 no jornal israelense Haaretz, um alto oficial da polícia nacional ucraniana solicitou em fevereiro de 2020 ao chefe da comunidade judaica de Kolomyya, cidade do oeste do país, uma lista de todos os judeus dessa cidade, alegando investigação sobre o crime organizado.
“Por favor, forneça as seguintes informações sobre a comunidade religiosa judaica ortodoxa de Kolomyya, a saber: a carta da organização; lista de membros da comunidade religiosa judaica, com indicação de dados, telefones celulares e locais de residência ”, dizia a carta.
Apenas lembrando, a participação do imperialismo norte-americano e europeu foi clara no golpe de Estado de 2014 que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich. O regime fascista que governa o país desde 2014 tem tido uma participação crescente de nazistas, que desde então atuam livremente nas ruas – inclusive grupos paramilitares -, no legislativo e no executivo no país. Todas as organizações de esquerda foram proibidas e tem sidos registrados assassinatos de opositores e jornalistas.
Outro fato que comprova a existência do componente nazista no golpe de 2014 é a idolatria ao líder fascista que havia colaborado com Adolf Hitler, Stepan Bandera. Todo dia 01/01 os nazistas ucranianos comemoram livremente nas ruas o aniversário desse traidor abjeto.
Mais uma vez os EUA promoveram um golpe de Estado, apesar de toda a verborragia a respeito de democracia que não engana mais ninguém. O pior é que dessa vez apoiaram um regime com características fascistas com uma forte tendência nazista já desde o começo, o que invalida toda e qualquer desculpa que os norte-americanos possam querer inventar para tentar diminuir alguma insatisfação de seus aliados israelenses e dos judeus do mundo todo.
Sem rodeios, podemos afirmar com toda a certeza que o governo Barack Obama sabia que estava ajudando a colocar nazistas no poder na Ucrânia.
Esses nazistas, como foi dito, tem tido ampla liberdade para exporem o lixo que são suas ideias e para aterrorizar a esquerda e a população de origem russa. Mas agora, com a ação claramente antissemita da polícia ucraniana, ou seja, do estado ucraniano, aquilo que era apenas uma participação no regime golpista pode estar se tornando o próprio regime, abertamente nazista.