Da redação – O principal aparato de repressão do Estado sobre a classe trabalhadora segue fazendo seu serviço sujo para a burguesia da melhor forma possível. Somente no Rio de Janeiro, a polícia militar executou 194 pessoas em julho, marcando o recorde desse ano. Esse número ainda não contabiliza os seis jovens que foram executados na última semana em favelas do Rio. Os agentes assassinos do Estado conseguiram subir para 49% o número de mortes em favelas, a polícia alega que muitas dessas mortes são por bala perdida, mas é intrigante como bala perdida sempre acha jovens negros e pobres.
O número de 194 mortes pelo Estado também não contabilizou o assassinato de William Augusto, que sequestrou um ônibus no Rio de Janeiro, na ponte Rio-Niterói. Esse assassinato vai totalmente contra qualquer protocolo de segurança, afinal, em nenhum país do mundo a polícia deve executar alguém com seis tiros quando essa pessoa já não representa perigo. Fica óbvio que para a justiça burguesa, qualquer preto e pobre representa perigo, então esse tipo de execução é bem comum no Estado burguês. Além disso, o número de mortes causadas por policiais nos últimos três meses no RJ cresceu em 20% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números do Instituto de Segurança Pública do RJ apontam que julho é o sétimo mês seguido que apresenta mortes por violência policial. Para a burguesia, isso é um avanço, já para a classe trabalhadora, esse é mais um recrudescimento da realidade violenta que vivem, que tira a vida de jovens e crianças pobres diariamente. Tendo o Rio de Janeiro um governador do jeito que tem, que sobe em helicóptero e atira nas favelas e que comemora a morte de pretos, é totalmente normal que os agentes do Estado burguês tenham essa conduta violenta.
Assim, a política assassina do Estado burguês sobre a classe trabalhadora, principalmente sobre negros e pobres, continua sendo recrudescida pelos golpistas que estão no poder, como o reacionário e fascista Jair Bolsonaro na presidência e o governador completamente fascista do Rio de Janeiro, Witzel. É urgente avançar na luta contra esses assassinos, que só querem causa o genocídio dos pobres e negros.