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PM se estrutura cada vez mais

PM-SP vai usar câmera em coletes: melhores condições de repressão

A Polícia Militar de São Paulo irá receber câmeras para serem usadas em suas abordagens, em pleno momento em que ela bate recordes de assassinatos

A Polícia Militar de São Paulo irá usar, a partir de agosto, câmeras acopladas em seus coletes. Serão 2.000 policiais militares, de três batalhões diferentes da PM (11º e 13º – no centro e 37º – na zona sul), revezando o uso de 500 câmeras, que gravam áudio e vídeo. A meta da PM é equipar todo o efetivo do estado com 15 mil câmeras até 2023.

O equipamento deverá ser ligado pelos próprios policiais quando eles entrarem em alguma ocorrência. A justificativa para o seu uso seria esclarecer melhor os casos de acusação de violência policial, tanto no sentido de provar um eventual abuso do agente quanto de, em outras situações, inocentá-lo e mostrar que o verdadeiro criminoso seria o cidadão assassinado pelo policial.

A introdução das câmeras vem justo no ano em que a PM de São Paulo bate recordes de assassinatos, que estão em um crescimento exponencial desde o golpe de estado de 2016, mas que obtiveram um incentivo importante com a subida da extrema-direita ao poder a partir das eleições de 2018. Porém, é sempre bom lembrar que essa PM assassina é comandada pelo PSDB, partido represente da direita tradicional e que integra a Frente Ampla, dentro da qual estão inclusas também figuras da esquerda como o candidato a prefeito do PSOL, Guilherme Boulos.

Apenas entre janeiro e março, morreram 218 pessoas assassinadas pela Polícia em São Paulo, em uma média de 2,3 mortes por dia. Isso se não levarmos em conta o fato de que esses números são muito subnotificados, pois é conhecida a desonestidade da PM em sua contagem de corpos e em falsificar essas informações.

Relembrar os crimes mais recentes da PM paulista é até difícil, visto que são inúmeros e não param de surgir notícias de novos abusos feitos por seus agentes. Um dos mais absurdos foi o massacre do baile funk em Paraisópolis no final do ano passado, em que a polícia atirou com armas letais contra menores de idade que se divertiam em uma favela de São Paulo e em que 9 desses menores morreram sufocados pelos próprios policiais. Outro abuso mais recente foi o episódio em Parelheiros, no extremo-sul de São Paulo, em que um policial pisoteou o pescoço de uma mulher até quase matá-la.

É importante salientar que qualquer melhoria de equipamentos para a Polícia não deve ser apoiada pela esquerda, visto que ela sempre terá como finalidade um aumento na repressão da população. As câmeras vêm com a falsa possibilidade de gravar os abusos policiais, mas é claro que os abusos irão continuar e as gravações serão simplesmente manipuladas ou serão usadas apenas em casos em que elas comprovarem a versão da polícia. A única palavra de ordem que dá conta de combater os abusos dessa instituição, que se caracteriza como uma verdadeira milícia fascista financiada pelo estado, é pedir a sua total dissolução. Contra os abusos e assassinatos do povo negro e trabalhador, é preciso exigir o fim da PM já!

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