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Pelo fim da PM

PM reprime juventude pobre em Maceió

A Polícia Militar e a burocracia judicial procuram reprimir a juventude e os culpar por algo que é consequência do desleixo do atual regime político.

No último domingo (15/11/20) a polícia militar de Maceió expulsou, da praia, jovens da periferia que se reúnem todo domingo para se divertirem durante a noite, onde normalmente não costumam fazer mais do que ouvir música e beber, algo que não é considerado crime, pelo menos até o momento.

Os encontros entre os jovens ocorrem na praia da Ponta Verde, um local público na área nobre da cidade.

O caso ocorreu durante o período da noite, onde a Polícia Militar os intimidou e colocou as pessoas que estavam no evento para correr da praia. E após os expulsar da praia, o pessoal que estava na praia foi para uma praça e posteriormente a PM também os expulsou do local público.

Essa não é a primeira vez que a Polícia reprime encontros de jovens na praia, no dia 3/10/20 a PM também expulsou os jovens da praia. Dessa vez vários foram revistados e outros foram colocados para correr nas ruas da cidade, e um dia depois repetiu o ato. 

A operação foi colocada em prática conforme foi decidido na reunião entre sociedade civil e o estado, promovida pelo Ministério Público Estadual (MPE) no final do mês de setembro, que ocorreu auditório do  batalhão da polícia militar. Vários órgãos fascistas e inimigos da população no geral compareceram na reunião como a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social, da Operação Litorânea da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico e sem contar o MPE, que convocou a reunião e é sem dúvida é um dos maiores inimigos do povo na lista.

Na reunião foram discutidas formas de diminuir a ida desses jovens ao espaço público da praia, utilizando a desculpa esfarrapada de que os jovens não poderiam estar se aglomerando por causa da pandemia da COVID-19 e pela venda de álcool aos menores de idade.

“Com a Abrasel e a ABIH, por exemplo, queremos discutir com esses segmentos como eles podem contribuir para que os adolescentes não deixem de ocupar os espaços públicos, mas o façam de forma sempre ordeira, com opções de cultura à sua disposição e, inclusive, por meio de ações que possam capacitá-los de alguma forma”.

disse a promotora de Justiça Alexandra Beurlen.

Ou seja, para a Justiça,o encontro entre os jovens não é culto ou ordeiro o suficiente para que eles possam usufruir do direito de utilizar locais públicos como uma praça ou a praia para se divertir. É algo completamente absurdo, a justiça dar ordens sobre quem pode ou não utilizar a praia e ,ainda por cima, usar a PM para reprimir a juventude que se diverte na praia por considerar inculto ou sem ordem é um ato completamente fascista e criminoso.

E mesmo que a versão mentirosa da Promotora Alexandra Beurlen fosse verdade, a solução para resolver a falta de cultura e falta de ordem dos jovens é reprimindo a juventude?  É de fato uma política extremamente fascista!

A Associação Comercial de Maceió repudiou as aglomerações dos jovens e informou em notas:

“Os tais ‘luais’ que só acabam com os chamados ‘corre’ prejudicam diretamente a nossa imagem de paraíso turístico pelo Brasil e mundo afora. Nesse domingo, mais uma vez, a diversão de famílias inteiras e o negócio de barracas de orla foram prejudicados por vandalismo e violência”.

Ou seja, os comerciantes da pequeno-burguesia e da burguesia de baixo clero, que é a base do bolsonarismo, procuram dar um pretexto moral para expulsar os jovens da periferia que, segundo eles, sujam a imagem da cidade e são vândalos, tratando os jovens da periferia como seres não civilizados e que não merecem tanto quanto eles utilizar. É mais que claro que o que mancha a imagem da cidade, para esses comerciantes, são os jovens da periferia que estão dançando e se divertindo.

“Nos antecipamos através desta nota em cobrar do MPE e das forças de Segurança do Estado uma iniciativa para evitar que, em um futuro breve, estejamos aqui registrando e lamentando uma tragédia”

completou a associação.

Ou seja, além de mentir, os comerciantes realmente tomam a posição fascista de pedir para o aparato truculento de repressão estatal fazer a única coisa que sabe fazer, reprimir a população pobre, e como um bons capachos da burguesia, o MPE e a PM obedecem fielmente o pedido dos comerciantes. Para o regime burguês a solução de todos os problemas é oprimir cada vez mais a população.

Algo que a burocracia judicial alagoana também faz é culpar a população pobre pela alta propagação da COVID-19. Culpam a população pelo que é, na verdade, uma consequência natural do descaso do regime político com as medidas sanitárias necessárias para conter o avanço da pandemia, e miram exatamente na parte pobre da população, pois vários bares próximos de onde estavam os jovens continuam funcionando sem seguir as normas sanitárias básicas como distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel, etc. A Justiça Alagoana nada faz contra esses estabelecimentos, seus donos e a burguesia como um todo, muito pelo contrário, mas quando se trata de reprimir a população mais necessitada, ele são profissionais.  

Por que a Polícia Militar não reprimiu as grandes aglomerações promovidas pelos candidatos abertamente direitistas e golpistas como JHC, Alfredo Gaspar, Davi Filho (o candidato bolsonarista que está sendo acusado de compra de votos após um servidor público ter sido preso com mais de 50.000 reais e vários santinhos do candidato), e vários outros? Porque é destas pessoas que a polícia militar está do lado, ela está do lado das grandes famílias burguesas e seus laranjas, famílias estas que controlam o monopólio da imprensa, dos meios de produção e ,logo, a o jogo político municipal no geral.

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