Prisioneiros feitos na manhã de ontem (24), um policial militar e outro homem, são apontados pela Polícia Civil como autores da morte do jornalista e pré-candidato a vereador Leonardo Soriano Pereira.
Leonardo, conhecido como Léo Pinheiro, escrevia para uma página de notícias local, e também em projetos sociais de Araruama, na Região dos Lagos, interior do litoral do Rio de Janeiro, local onde foi executado, em 13 de maio deste ano, quando entrevistava moradores do bairro Parati.
Os presos foram resultado da investigação envolvendo a Corregedoria da Polícia Militar e Polícia Civil de Araruama, Saquarema e Iguaba Grande, em razão do que, vários mandados foram expedidos, para o bairro de Léo, onde o crime foi cometido.
Segundo a investigação, os dois homens teriam abordado Léo, estando um com um capuz, e quem o teria mandado ajoelhar e o executado em seguida.
Quando presos, também foram encontrados com os dois homens, duas armas, dois carros e uma moto-aquática. Um deles é o policial militar Alan Marques de Oliveira e Cleisener Vinícios Brito Guimarães, conhecido como Kekei.
A investigação também apurou, que a morte teria como causa o fato de Léo, líder comunitário na região, arregimentar eleitores onde o PM Alan também é morador e disputa a mesma base eleitoral para a esposa, a cirurgiã-dentista Elisabete Faria Abreu, que concorre pelo DEM a uma vaga na Câmara Municipal da cidade.
Um encaminhamento do policial já foi pedido, e ele será enviado para uma Unidade Prisional da PM. Coisas como essas não são toleradas pela Corporação, segundo ressaltou seu porta voz, sendo condenável quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes.
De nada adianta a Corporação vir a público para condenar este tipo de comportamento. Um órgão como esse, covarde, preconceituoso, clientelista e reacionário, precisa, urgentemente, acabar. O fim da PM é uma necessidade que se faz, para que haja justiça social, e o Estado não caia, com todo o seu peso, em mãos equivocadas, ou exerça, pela força, a vontade de oligarquias da burguesia, que, em benefício próprio, para satisfação de seu desejo de lucro a qualquer custo, forma seu braço repressor com pessoas como o PM Alan, que, a exemplo de tantos outros casos, são pessoas violentas, sem escrúpulos, e passam por cima de qualquer um, custe o que curtar.
É preciso que a PM seja extinta e se formem milícias populares. E não basta que a PM seja desmilitarizada. A burocracia que forma a PM torna ela truculenta e com ódio da população mais pobre e carente, refletindo o sentimento burguês em todos os seus nuances. Por isso a necessidade de milícias populares, para que, identificadas com a sua classe, e não formadas pela burguesia e com ela alinhada, possa realmente prestar um serviço público visando a melhoria das condições de vida da população, e mais segurança para todos.