No último dia 21, um policial militar assassinou um homem de 47 anos e feriu outro na cidade de Recife, em Pernambuco. Segundo a própria Polícia Militar, o policial disparou os tiros por causa de um “desentendimento” com as vítimas.
No dia depois do assassinato, o policial foi preso. No entanto, logo foi liberado e irá responder o processo em liberdade.
O caso em Pernambuco mostra mais uma vez como funciona a Polícia Militar. Truculenta nas manifestações e autoritária nas abordagens, a PM é, acima de tudo, uma máquina de extermínio dos setores mais explorados da população.
Toda a burocracia da PM é pensada para que seus agentes possam matar livremente. Os policiais são armados com o mais mortífero dos arsenais, agem sempre em bando e são assessorados por uma série de equipamentos adquiridos com o dinheiro do Estado: viaturas, rádios, câmeras etc. A população, por sua vez, não tem nada para se defender: são obrigadas a viverem desarmadas, não estão organizadas para se prevenir das arbitrariedades da PM e são atacadas em seus momentos de maior vulnerabilidade.
Outro grande aliado da Polícia Militar é o Judiciário. Após cometerem todos seus crimes bárbaros contra a população, raramente os policiais são sequer julgados. Quando são, a Justiça faz de tudo para arrastar os processos durante anos, inocentar os inimigos da população ou, no melhor dos casos, abrandar suas penas.
Em um Estado em que a burguesia não tem outro objetivo a não ser esfolar os trabalhadores, a Polícia Militar não tem a menor serventia para o movimento operário e para a esquerda em geral. É necessário lutar pela dissolução completa da PM e pelo armamento da população, de modo que os trabalhadores possam reagir às arbitrariedades que a burguesia lhes impõe.