Da redação – Um policial militar assassinou o médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues durante abordagem na madrugada de hoje (28) na Asa Sul, em Brasília.
O assassinato ocorreu em frente ao Teatro dos Bancários, onde os PMs viram dois homens que consideraram suspeitos (de quê?). Segundo a PM, os militares deram voz de abordagem e um dos homens sacou uma arma. Esse homem também era um policial, reformado. Um dos soldados, então, disparou com uma carabina e atingiu o homem desarmado, o médico Luiz Augusto, na cabeça.
Para tentar se justificar, a PM utilizou como pretexto, em nota divulgada à imprensa, que os policiais agiram “diante do risco iminente” e que “não tiveram alternativa”.
Observa-se, assim, a aplicação da proposta do ministro fascista da Justiça e Segurança pública, Sérgio Moro, de “excludente de ilicitude”. Segundo ela, um agente da repressão pode assassinar um cidadão comum caso se sinta ameaçado emocionalmente. Trata-se da licença para matar oficializada que, como bem demonstra esse exemplo de Brasília, já é prática comum das forças de repressão do Estado burguês desde sempre no Brasil.
A polícia age impunemente como um órgão acima dos cidadãos. Entretanto, ela não é independente do Estado, ela serve a uma determinada classe social que controla o Estado: a burguesia. É uma força, a mais reacionária de todo o aparato estatal, destinada única e exclusivamente a esmagar a população cotidianamente e afogar em sangue qualquer tentativa do povo de se rebelar contra isso.
Por isso é preciso lutar incansavelmente pela dissolução da polícia, substituindo-a por milícias populares que realmente cuidem da segurança dos cidadãos, uma vez que elas seriam formadas pelos próprios cidadãos, eleitos em suas comunidades, e seria diretamente controlada pelos trabalhadores.