Na última quinta-feira (02), a polícia militar de São Paulo invadiu a residência de um morador da Favela do Moinho, no centro de São Paulo. A ação deixou um jovem com ferimentos nas mãos, causando revolta nos moradores. Durante a confusão que se seguiu, um cadeirante foi atacado por cachorro da tropa. A seguir, os moradores enfrentaram a polícia, expulsando os invasores da região.
Segundo informado pela agência Ponte Jornalismo, policiais do canil do 5º Batalhão invadiram a casa de uma família, abordando um jovem de 18 anos que dormia. Testemunhas afirmam que os policiais torturaram o garoto, colocando uma faca em sua barriga. Ao tentar se defender, impedindo a agressão com as mãos, o policial teria puxado a faca, causando os ferimentos. Para fugir de seu quarto, no segundo andar da casa, o jovem pulou a janela.
Quando os moradores se deram conta do que estava acontecendo, foram para a rua e forçaram a saída dos criminosos fardados. Durante o breve confronto, policiais tomaram celulares de testemunhas e apagaram vídeos com flagrantes dos abusos de autoridade. Além disso, os cães que acompanhavam a tropa feriram crianças e um homem cadeirante.
A justificativa apresentada para a presença da polícia no local foi o combate ao tráfico de drogas.
Críticas a parte, a PM faz um grande favor à sociedade ao dar incontáveis demonstrações do porquê precisa ser extinta. São um bando que tem a única função de manter a população sob permanente terror, para evitar reações contra as elites exploradoras. Mesmo se agissem dentro da lei, não inibiriam qualquer criminalidade, já que têm por objetivo correr atrás de esteriótipos de bandidos. Mas só agem fora da lei e, quando são pegos, recebem o acobertamento dos julgadores.
Se antes havia dúvida e receio em exigir o dissolução dessa máquina de morte, o que levava parte da esquerda a levantar palavras de ordem inócuas como “desmilitarização da PM”, agora só há certezas. As polícias devem ser extintas com urgência e seus agentes – muitos deles sádicos irrecuperáveis – devem pagar pelos seus crimes.