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PM impede moradores de socorrerem operário negro no RJ

Não basta atirar na população negra e pobre nas favelas e periferias do país, a Polícia também aponta armas para bloquear quem tentar socorrer as vítimas

Como se não bastasse a Policia Militar sair matando as pessoas nos bairros pobres das cidades do país. Agora ela impede o povo de socorrer os moradores da periferia vítimas da corporação. Este é caso de Valmir Pereira Cândido. Um dos cinco homens assassinados em uma ação no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte do Rio, no sábado (6), ele havia completado 42 anos no último dia 27. O montador de andaimes trabalhava para uma empresa que prestava serviço à refinaria de Duque de Caxias (Reduc/Petrobras) e foi baleado em um bar na porta de casa. Segundo a família, colegas e vizinhos foram impedidos pela Polícia de socorrê-lo.

Casado há 20 anos, diretor da torcida Flamacacos (uma organizada do Flamengo), Cândido deixa, além da esposa, um filho de 20 anos e uma filha de 14. De acordo com a esposa, Valéria Pereira (39 anos), o casal teria passado a parte da manhã organizando o aniversário de 15 anos da filha, mais tarde Valmir Pereira, teria ido em um bar em frente sua casa com um amigo, alguns minutos depois ela disse que ouviu tiros. “Eu comecei a ligar desesperada e ele não me atendia. Quando saí de casa, dei de cara com uma pessoa caída e os policiais em volta. As pessoas queriam socorrer, mas eles [PMs] davam tiro para o alto e diziam que ninguém ia levar ele.”

Em um vídeo que circula na internet, é possivel ver os moradores aterrorizados, gritando que as vítimas eram inocentes enquanto os PMs jogavam os corpos ensanguentados dentro do camburão. Segundo denúncias, os policiais não preservaram o local para fazer a perícia. A PM informou que foram atacados por traficantes e houve confronto. No entanto os moradores negam essa versão. De acordo com a comunidade, os policiais chegaram no local atirando. Mesmo com uma decisão do STF, que restringe operações militares nas favelas durante a pandemia, essa foi 13ª operação no Rio com saldo de 3 ou mais civis mortos apenas em 2021.

Somente entre quinta-feira (4) e sábado (6), operações das Polícias Civil e Militar no RJ, resultaram na morte de nove pessoas. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostraram que as mortes por intervenção policial saltaram de 79 em dezembro para 149 em janeiro, um aumento de quase 100%. Segundo a Folha de S. Paulo, na quinta-feira (4), a técnica de enfermagem Luanna da Silva Pereira, 28 anos, foi atingida na porta de casa em Vigário Geral, zona norte do Rio, durante operação da Polícia Civil. Luanna Pereira deixou uma filha de 9 anos.

Na quinta-feira uma operação da Polícia Militar no Complexo do Chapadão, zona norte do Rio, resultou na morte de dois jovens que serviram no Exército: Guilherme Martins, 20, e Gabryel Marques, 21. Segundo a família, eles haviam saído para beber com amigos e não tinham envolvimento com o tráfico. Na sexta-feira (5), Paulo Roberto da Silva, 45, foi atingido numa ida à padaria, na Vila Kennedy, zona oeste da cidade, quando cruzou o caminho de uma ação da Polícia Militar. Ele trabalhava numa rede de supermercados e deixa dois filhos e uma neta.

É uma barbaridade o que acontece com a população brasileira nas favelas e periferias do país. Os ataques e crimes sofridos, quando não são praticados pelo Estado de forma geral, que deixa a maior parte da classe trabalhadora, esmagada pelo capitalismo à mingua, são pelo seu braço armado (Polícias e Forças Armadas) que invade as comunidades atirando e matando quem estiver pela frente. Sem surpresas, a maior parte das vítimas são os negros. Essa política genocida tem aumentado significativamente após o golpe de Estado de 2016 e piorado com o governo fraudulento de Bolsonaro. Portanto, é preciso mobilizar a população e sair às ruas, exigindo o fim urgente da PM, que é um verdadeiro aparato de guerra da burguesia contra o povo pobre e preto.

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