Na manhã desta quarta-feira, dia 26, a Polícia Militar realizou uma “operação” na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, apesar da proibição do STF sobre operações durante a pandemia do novo coronavírus. A PM afirma que foi uma “ação excepcional” que visou “verificar denúncias, coibir práticas criminosas e remover obstáculos colocados em vias públicas da Cidade de Deus”.
Segundo informações dadas pela própria PM, dois homens foram detidos durante a ação na Cidade de Deus e, com eles, um revólver e drogas “a serem contabilizadas”.
A corporação conta com os apoios do GAM (Grupamento Aeromóvel) que realiza “monitoramento” com o uso de drones, o GESAR (Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate), 18º BPM (Jacarepaguá), batalhões subordinados ao 2º Comando de Policiamento de Área (Zona Oeste) e o BAC (Batalhão de Ações com Cães).
Nas redes sociais, os moradores da comunidade denunciaram o tiroteio que houve durante a ação, mas ao ser questionada, a PM resolveu se calar sobre o fato. É uma postura sistemática da corporação, que comete sistematicamente crimes contra a população, sobretudo a mais pobre e negra, mas quando questionada, omite seus crimes.
Mesmo que a imprensa burguesa acoberte o genocídio que acontece contra a população pobre e negra chamando o massacre de “operação”, fica claro que a Polícia Militar pouco se importa com a proibição dada pela Justiça golpista, e tampouco se importa com a vida daqueles que dizem defender nas periferias.
Esperar que o fim da repressão policial se dê por determinações de instituições golpistas, como o Judiciário, jamais impedirá a perseguição que acontece covardemente nessas comunidades, a solução está nas ruas. É preciso dissolver a Polícia Militar!