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Rio de Janeiro

PM despeja LGBTs em vulnerabilidade da Casa Nem em plena pandemia

Polícia fascista de Witzel despeja 80 famílias da Casa Nem, que abriga a comunidade LGBT, contudo devido a mobilização foi garantida uma moradia temporária e prometida uma fixa

Ontem, dia 24/08, aconteceu a reintegração de posse ilegal da Casa Nem no Rio de Janeiro, o prédio é localizado no bairro de Copacabana e abrigava cerca de 80 famílias da comunidade LGBT com destaque para a comunidade trans. Foram mobilizados mais de 100 policias militares com todo seu equipamento repressivo, mas devido a mobilização, incluindo de militantes de PCO, os moradores da Casa Nem não foram despejados para a rua, mas realocados para uma escola com a promessa de receberem uma nova casa no futuro próximo.

A política de despejos da população pobre, um absurdo por si só, aumentou de forma monstruosa durante a pandemia de covid-19, dezenas de milhares seguem sendo expulsos de suas casas ou de suas terras por todo o Brasil. Um dos motivos desse crescimento foi justamente a paralisação da esquerda nesse período, somada a gigantesca crise econômica que assola o país, isso intensificou os ataques da direita golpista contra o povo em todos os âmbitos e o direito a moradia é um dos que mais vem sofrendo.

A justiça golpista aliada do governo fascista de Wilson Witzel já vinha tentado despejar a Casa Nem há algum tempo, para eles o valor de um prédio no bairro nobre de Copacabana, ou seja, os lucros da imobiliária que tem a posse do apartamento abandonado há mais de 10 anos, é maior que o da vida dessas 80 famílias, que além de perderem sua moradia ficam em alto risco devido a calamidade da saúde e a pandemia. Deste modo no mês de julho já haviam tentado realizar um despejo que foi enfrentado pela mobilização e impedido.

Não demorou muito e a ameaça retornou, a reintegração de posse foi marcada para o dia 24/08 e de acordo com denuncias da FIST, Frente Internacionalista dos Sem Teto, não houve notificação oficial, o ataque judicial foi descoberto por outros meios. Não só isso como diversas outras ilegalidades ocorreram no processo, a principal delas é que havia sido determinado por lei que nenhum despejo poderia acontecer antes do dia 31 de outubro por causa da Covid-19, somente isso já torna a reintegração totalmente ilegal.

O ato semanal do fora Bolsonaro que aconteceu no domingo 23/08, devido a esta situação, marchou em direção a Casa Nem. É importante salientar que na cidade do Rio de Janeiro os companheiros da casa Nem são um dos mais combativos, sendo um dos poucos setores que sai às ruas para lutar contra o governo Bolsonaro durante a pandemia. Ao chegar em frente ao prédio foi informado a todos que ao invés de se realizar o ato a partir das 6h do dia seguinte uma vigília se iniciaria a partir das 22h para defender a ocupação durante toda a madrugada, os militantes do PCO aderiram a essa luta.

Às 23h alguns militantes e simpatizantes do partido chegaram na Casa Nem e lá passaram a noite em sua defesa. As 5:30 da manha a polícia fascista de Witzel chegou em peso para despejar os moradores, foi nesse momento que um deles falou “Já posso começar a jogar bomba”. A resistência se estendeu até as 13h, foram chegando cada vez mais manifestantes para defender a ocupação e também foram sendo acionados os meios jurídicos.

O coordenador da FIST e advogado André de Paula foi preso as 7h com a alegação de portar um megafone, o que ocorre com frequência no regime do fascista Witzel, com um claro objetivo de diminuir a defesa legal da casa. Contudo devido a mobilização popular os policiais não realizaram o seu objetivo por completo, não conseguiram invadir o prédio de forma truculenta despejando todos para a rua, um acordo foi realizado em que os moradores serão realocados para uma escola em Copabacana, com a promessa de receberem outro espaço no bairro de Laranjeiras, na zona sul da cidade.

O clima seguiu tenso após o acordo ser realizado pois os policias militares continuaram cercando o prédio e impedindo os manifestantes de se aproximarem, contudo após algumas horas eles liberaram a mudança e os caminhões foram sendo carregados com os pertences das pessoas, os levando para seu novo endereço temporário. Os militantes do PCO estiveram presentes durante todo o processo.

Esse acontecimento mostra a política fascista do governo golpista, seja de Bolsonaro ou dos governadores direitistas como Dória e Witzel, que em plena pandemia seguem expulsando a população de suas casas. A mobilização conquistou o acordo, garantindo que todos não fossem jogados diretamente a rua como de costume, mas isso não é o suficiente. Todos os despejos devem parar pelo menos até o fim da pandemia, mas isso só sera conquistado com uma mobilização ainda maior. Toda a esquerda deve sair às ruas para defender o direito a moradia e o fora Bolsonaro, Witzel, Dória e todos os golpistas!

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