De acordo com dados compilados pela ouvidoria, a Polícia Militar de São Paulo pode bater novos recordes de letalidade em 2019, levando o troféu de instituição fascista do ano. Só até outubro deste ano, 697 pessoas foram mortas pelos agentes, o que representa um aumento de 11 vítimas em comparação ao mesmo período, em 2018.
No entanto, ainda segundo projeções, o morticínio pode ultrapassar os 940 registrados em 2017 – recorde de assassinatos pela polícia desde 2014. Já por parte da Polícia Civil, foram 18 mortos entre janeiro e outubro deste ano. Ademais, sabe-se que, neste ano, houve um aumento de 50 mortes por PMs que estavam em serviço do que no ano passado (535), enquanto que o número de mortes por policiais de folga foi 112.
Em meio ao crescente número de mortes por parte da PM, não obstante, um projeto que prevê a extinção da ouvidoria, do deputado Frederico D’Avila (PSL), recebeu parecer de inconstitucionalidade na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia de São Paulo. De acordo com o fascista, a ouvidoria “virou uma trincheira de pregação ideológica”. “Todos ali são alinhados a partidos de esquerda”.
Benedito Mariano, atual ouvidor, por sua vez, afirmara que o órgão já propôs melhorias às polícias e que não há critério de filiação partidária para a integrá-la. Por conseguinte, ao saber do projeto, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), prometeu apoio ao ouvidor Benedito Mariano.
É importante ressaltar que a imprensa burguesa e a esquerda pequeno-burguesa se mostraram chocadas com Paraisópolis. O que é puro cinismo! A PM mata gente todo dia, e os negros são o alvo favorito. Esses dados, porém, são apenas os oficiais, podem haver muito mais cadáveres debaixo dos coturnos dos policiais.