No último dia 16 de novembro, mais um ataque a comunidades indígenas foi registrado. A vítima foi Arlindo Nogueira, de etnia Baré. Por volta das 14h30 desse dia, um barco, de posse do empresário Flávio Talmelli, invadiu a propriedade dos índios, não parando no posto de vigilância indígena da região.
Os índios da comunidade pararam o barco, obrigando o empresário, junto aos demais que estavam no barco – funcionários e também policiais à paisana- a prestar esclarecimentos. Flávio, sem nenhuma autorização, deu voz de prisão a Arlindo. Após resistir a tal absurdo, o indígena foi ferido por um dos policiais que estava junto ao empresário, com disparos de metralhadora.
Os direitistas saíram da comunidade sem prestar nenhum tipo de socorro ao índio, que teve que ser levado ao hospital pelos seus familiares a amigos. Ao chegar para atendimento, Arlindo ainda teve que prestar esclarecimentos para os policiais da região, que o algemaram. O filho do indígena, questionando os absurdos cometidos pelos policiais, acabou sendo detido por uma noite, sem direito a água e comida.
Esta não é a primeira vez que o empresário desrespeita as comunidades indígenas no Amazonas. Sua empresa, a Amazon Sport Fishing, faz campanha contra a demarcação da tribo TI Jurubaxi-Téa, de forma maciça, juntamente aos vereadores da cidade. Além das denuncias envolvendo pesca ilegal, em 2014, Flávio também já foi acusado por favorecimento à prostituição, após ser identificado, junto a políticos locais, em orgias envolvendo menores de idade.
Casos de atrocidades a comunidades indígenas e de abusos, cometidos por direitistas, serão cada vez mais comuns com a posse do governo de Bolsonaro. O avanço da direita no país representa um risco a classe trabalhadora, em especial aos índios, negros, mulheres e homossexuais. Para isso, é preciso que os trabalhadores organizem amplas mobilizações populares, bem como se somem aos Comitês de Luta Contra o Golpe, para derrotar os golpistas e garantir seus direitos, que vêm sendo brutalmente massacrados.