Nos dias 9 e 10 deste mês, a Polícia Militar de Januária, município mineiro, realizou um ataque à famílias de camponeses pobres na Comunidade Barra do Mirador, em Miravânia, microrregião de Januária. O acontecido foi denunciado pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP).
Em nota, a LCP denuncia que a “operação de guerra” foi feita à mando do latifundiário Walter Santana Arantes, dono do supermercado BH e preso pela Lava Jato. Durante a operação reuniu mais de 15 viaturas da PM, viaturas do corpo de bombeiros, veículos do latifundiário, trator etc., reunindo cerca de 120 homens fortemente armados para, segundo a Liga, “criar o terror contra os camponeses que resistiam há 6 meses à grilagem de suas terras, onde vivem e produzem há 19 anos”. Neste episódio, casas foram destruídas e os camponeses ameaçados de prisão.
O avanço do fascismo ameaça seriamente a sobrevivência dos camponeses e demais setores pobres da sociedade. É preciso agir contra esses ataques fascistas; para tanto, é preciso formar comitês de autodefesa do campesinato apoiados pelo movimento geral dos trabalhadores. A única alternativa do oprimido é a organização contra o repressor e seu aparato.